qua, 7 de maio de 2025

Variedades Digital | 03 e 04.05.25

RUMO AO CENTENÁRIO OLÍMPICO!

Buenas!

Os Jogos Olímpicos surgiram em Olímpia, na Grécia Antiga, por volta do séc. VIII a.C. (Entenderam o porquê do nome?) Atletas e torcedores se reuniam a cada quatro anos, tendo guerra entre eles ou não, para cultuar os deuses e os homens formosos e virtuosos. Inclusive, os gregos tinham uma palavra para descrever os seus melhores exemplares: Kalokagathia, que significa belo e bom.

Ou seja, para ser digno dos deuses, um homem não podia ser só belo ou só bom, precisava aliar a beleza física à virtuosidade. Aliás, sabiam que eles competiam, lutavam e corriam nus? O motivo era um só, valorizar quem valorizava sua fortaleza física durante a vida. Além dos louros da vitória, alguns atletas ganhavam estátuas em suas vilas e eram tratados como heróis pelo resto da vida.

Após quase mil anos de atividades, os jogos foram cancelados, só retornando ao convívio social em 1896, por obra e esforço do Barão de Coubertin. Lembram dele, aquele do lema: “O importante não é vencer, mas competir!”

É o sentimento que me leva a participar de competições de natação e uma boa parcela da população mundial a se envolver em corridas, investindo tempo e uma boa quantidade de dinheiro para desafiar seus limites.

Diferente dos gregos, nenhum de nós compete pelados. Penso que os deuses atuais não se sentiriam tão prestigiados com esta homenagem, os tempos são outros, os corpos então…

Eu nado quase todos os dias. Não consigo mais largar esta vida. Além de saúde, tem a diversão, as risadas com os amigos, o prazer de entrar na água, seja no inverno abaixo de 5º graus ou com sol de 40º torrando a moleira…

Mas não foi sempre assim. Aprendi a nadar com uns 15 anos, depois que meu pai se associou no clube Comercial da minha cidade. Acho que toda cidade média tem um clube destes. A piscina só funcionava no verão, não tinha campeonatos, só diversão. Quando migrei para a capital gaúcha, fiz minhas primeiras aulas, aprendendo todos os estilos, precariamente, é claro. Optei por me ater ao futebol e corridas, que eram mais práticas e baratas que manter a sociedade em um clube, mesmo não sendo ele um comercial.

Com a idade e as lesões do futebol, nem correr direito eu podia após os 40. Caí nas piscinas para me recuperar e conquistei um vício. Aprendi da melhor maneira o mantra da Dory, o peixe esquecido do filme “Procurando Nemo”: Continue a nadar, continue a nadar!

Atirar-se nas águas é indescritível, não importa se cheia de cloro ou salgada. Incentivo a todos que encontrem uma piscina ou mar cheio de ondas. Se não sabem nadar ou têm medo, superem! Não me vejo longe de uma piscina, até em viagens, tanto no Brasil quanto fora, procuro piscinas para manter os treinos, inclusive em Paris!

E nem falei ainda sobre a importância da natação para a saúde! No último feriadão participei de um campeonato que durou quatro dias! Teve atletas de 20 e poucos até jovens de 100 aninhos! Todos competindo não só por medalhas, mas por participar de um campeonato nacional, dando braçadas para superar principalmente seus próprios limites.

Vou citar dois exemplos. Nicholas Santos, ex-nadador profissional, nadou uma prova e quebrou o recorde mundial master 45+. Como se fosse pouco para quem está no Guinness Book de recordes por ser o atleta mais velho a ganhar um campeonato mundial de natação. Com 42 anos, ele não só ganhou os 50m borboleta como quebrou o recorde mundial, de novo, há três anos. E continua um fenômeno!

Ele, mesmo aposentado, manteve os treinos e a simpatia. Aos pedidos para fotos, ele não recusava um sorriso para ninguém. Igualzinho a outra estrela do campeonato: seu Anton Karl Biedermann. Do auge dos seus 100 anos, ele treina todos os dias e iria competir, não fosse uma gripe. Os médicos mandaram ele descansar, para poder encarar o próximo campeonato.

Mesmo não podendo dar suas braçadas, seu Biedermann esteve lá todos os dias, dando apoio para seus filhos e neta que o representavam nas águas e dando uma palavra de apoio para todos, sempre simpático e sorridente. A fila para tirar fotos com ele, que é recordista mundial dos 50 e 100m costas, era tão grande quanto a fila do jovem Nicholas. E eu ali, dividindo a piscina com os dois, tendo por exemplo aquele amor ao esporte e à saúde pessoal.

Eles são modelos de viver e amor próprio. Servem de modelo não só para futuros atletas, também para aqueles que, como eu, gostam de desafiar seus limites, respeitando o limite saudável das minhas condições, afinal, ninguém vive disso, se vive para isso!

Comecei uma campanha no clube para a construção de estátuas, precisamos homenagear atletas do quilate do Nicholas e do seu Biedermann. Mas, espero eu, que contratem algum escultor grego, é preciso construir algo digno destes Kalokagathia, homens belos e virtuosos, como pregavam os gregos antigos.

Vai que suas imagens em mármore ou bronze inspirem mais “tentatletas” da natação, corrida ou do esporte que lhe aprouver, a encarar os desafios diários pela saúde, tanto mental como física!

Não sei se chego na idade do seu Biedermann, mas estabeleci os 98 como meta. Bora lá que tenho muitas braçadas pela frente!

Lorenzoni propõe que comissão pela recuperação do RS reivindique também tributação diferenciada para MPEs atingidas

Nesta quarta-feira (07/10), o deputado Rodrigo Lorenzoni participou de audiência pública na Câmara Federal, em Brasília, sobre a situação dos municípios gaúchos um ano após as enchentes de 2023/2024. A audiência, requerida pela Comissão Externa sobre Danos Causados pelas Enchentes no Rio Grande do Sul, teve as participações do Secretário Federal da Reconstrução no RS, Maneco Hassen, do Secretário Executivo