O Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, é uma data simbólica que celebra todas as profissões e o papel essencial do trabalho na sociedade. Desde a Revolução Industrial, o mundo do trabalho passou por muitas mudanças — novas tecnologias surgiram, profissões se transformaram e outras tantas foram criadas. Mas uma coisa permaneceu constante: o valor do ser humano por trás de cada função.
Por isso, reconhecer e valorizar os trabalhadores é um compromisso que deve ser assumido por empresas, instituições e a sociedade como um todo.
Por que o Dia do Trabalhador é em 1º de maio?
A escolha do 1º de maio como o Dia do Trabalhador tem origem em uma grande mobilização nos Estados Unidos. Em 1886, milhares de trabalhadores saíram às ruas de cidades como Chicago, Nova Iorque e Detroit para reivindicar uma jornada de trabalho mais justa: queriam reduzir a carga horária diária, que podia ultrapassar 100 horas semanais!
A luta teve efeito: com o tempo, a jornada foi reduzida para 8 horas por dia — padrão que se mantém em muitos países até hoje.
Em 1890, a Europa reconheceu oficialmente o 1º de maio como o Dia do Trabalhador, o que incentivou a adoção da data em várias partes do mundo. Curiosamente, nos Estados Unidos, a homenagem aos trabalhadores é feita em outra data: na primeira segunda-feira de setembro.
Como tudo começou?
O lema da mobilização de 1886 era claro: “Oito horas de trabalho, oito de lazer e oito de descanso”. A greve geral daquele 1º de maio foi marcada por tensões, especialmente em Chicago. Lá, a repressão policial foi intensa, culminando em um confronto na Praça Haymarket no dia 4 de maio, quando manifestantes e policiais se enfrentaram violentamente. O saldo foi trágico: vários mortos e mais de uma centena de feridos.
Esses acontecimentos se tornaram um marco da luta por direitos trabalhistas, e em 1890 a conquista da jornada de 8 horas se concretizou nos Estados Unidos.
E no Brasil, como surgiu o feriado?
No Brasil, o 1º de maio começou a ganhar relevância ainda no final do século XIX, com o crescimento das indústrias nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. A data passou a ser celebrada oficialmente em 1924, por decreto do então presidente Arthur Bernardes.
Com o fortalecimento dos movimentos operários e o avanço das ideologias trabalhistas, o Dia do Trabalhador ganhou ainda mais destaque no governo de Getúlio Vargas. Durante o Estado Novo, o governo utilizava a data para promover ações e eventos voltados aos trabalhadores, fortalecendo sua imagem política.
Foi também nesse período que surgiram marcos importantes da legislação trabalhista, como a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que definiu direitos como o salário mínimo e a jornada de trabalho regulamentada.