A brasileira Kira Salim, morta em um atropelamento durante um festival de rua em Vancouver, no Canadá, no último domingo (27), é filha de José Martins Salim, natural de Sant’Ana do Livramento, e Sandra Ganapol, de Buenos Aires, Argentina. Seu nome de nascimento era Clara Ganapol Salim, mas recentemente usava assinatura de Kira Salim. Ela tinha 34 anos e vivia no Canadá desde 2022.
A reportagem do Jornal A Plateia conversou com exclusividade com um familiar da vítima, que disse que todos estão muito abalados com o seu falecimento precoce. Clara era neta de Carmen Martins Salim e Wilson Alves Salim (in memoriam) e esteve em Sant’Ana do Livramento inúmeras vezes para visitar os avós e familiares.
Sua mudança para o Canadá foi no ano de 2022, até então morava no Rio de Janeiro com seu marido Kim. Foi já na cidade de Vancouver que adotou o nome de Kira Salim. Ela se graduou em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) em 2014 e era Mestre em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação, pela Universidade Europeia do Atlântico (concluído em 2021).
No Rio de Janeiro, foi professora de música na Escola Americana e desenvolveu projetos culturais, inclusive ligados ao Carnaval. No Canadá, atuou como professora infantil e, mais recentemente, exercia a função de Conselheira Escolar (School Counselor) na Fraser River Middle School, na cidade de New Westminster, próxima a Vancouver.
Conforme sua família, as circunstâncias de seu falecimento estão sendo investigadas pelas autoridades policiais do Canadá. Devido à investigação em andamento, a família ainda não tem informações sobre os atos fúnebres (velório e sepultamento/cremação).
Kira Salim foi atropelada enquanto participava do Festival do Dia de Lapu Lapu, perto da Avenida 43 Leste e da Rua Fraser de Vancouver. Um suspeito de 30 anos, de Vancouver, foi preso no local. Além da brasileira, mais 10 pessoas morreram no local.
“A nossa família está muito abalada com tudo. A Clara estava no festival participando com seus alunos. O marido dela, Kim, não estava presente. Ficou em casa porque ele iria disputar uma maratona no dia seguinte. Em nome da nossa família, agradeço a atenção do jornal e a possibilidade de registrar estas informações”, disse o familiar da vítima.
Por Matias Moura/AP
