seg, 28 de abril de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Lula e Janja na mira: oposição denuncia contrato bilionário entre governo e OEI

Foto: Cedida

Zucco apresentou as denúncias ao presidente Bolsonaro e anunciou uma série de medidas para investigar o caso

O líder da oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS), fez uma apresentação nesta terça-feira (8) sobre as mais recentes denúncias envolvendo o governo federal e a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI). A reunião contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e dos vice-líderes da oposição.

Reportagem publicada pelo Estadão revela que decretos do governo Lula ampliaram o poder e os ganhos da entidade, com contratos que somam R$ 710 milhões.

Diante da gravidade das denúncias, a oposição tomou medidas enérgicas para investigar o caso:

* Representação ao TCU: A oposição protocolou uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando uma investigação minuciosa sobre os contratos e os decretos do governo Lula.

* CPMI: Foi proposta a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar a fundo as possíveis irregularidades e responsabilidades.

* Ação Popular: Uma ação popular foi protocolada na Justiça, buscando a anulação dos contratos e a responsabilização dos envolvidos.

Segundo Zucco, “não podemos tolerar o uso indevido do dinheiro público. Exigimos transparência e responsabilidade. O governo Lula precisa explicar esses contratos milionários e as razões para a ampliação do poder dessa organização internacional”, declarou.

Entenda o caso

A reportagem do Estadão denuncia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decretos que ampliaram significativamente os poderes e os ganhos da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) no Brasil. A OEI é uma organização internacional voltada para cooperação educacional, científica e cultural entre países ibero-americanos, mas passou a atuar como intermediária em contratos públicos sem licitação, o que já rendeu a ela cerca de R$ 710 milhões em contratos. Esses decretos, assinados ao longo da atual gestão, concedem privilégios inéditos à OEI, incluindo imunidades e isenções típicas de representações diplomáticas.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, aparece no centro da polêmica por sua aproximação com a OEI e sua presença em eventos promovidos pela organização. Reportagens indicam que Janja mantém interlocução direta com representantes da OEI e teria influência nas decisões que favoreceram a entidade. A atuação dela, embora não oficial, tem levantado críticas por indicar uma possível interferência indevida na administração pública, especialmente em decisões com forte impacto financeiro e institucional.

Especialistas em gestão pública apontam que isso pode abrir margem para irregularidades e dificultar a fiscalização dos gastos públicos. O modelo, embora previsto em lei, estaria sendo utilizado de forma ampla e questionável, com pouca transparência e controle.

A denúncia reacende o debate sobre o uso de organismos internacionais para driblar exigências legais como licitações e prestações de contas mais rigorosas. A oposição vê nos decretos um possível desvirtuamento da lei para beneficiar uma organização estrangeira com laços políticos no governo.

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