Nesta quinta-feira (4), o Tenente-Coronel da Brigada Militar de Sant’Ana do Livramento, Aníbal Menezes da Silveira, e o instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Luís Eduardo Couto Pereira, participaram do Conversa de Fim de Tarde, da rádio RCC, para falar sobre os 25 anos do programa no município. Criado para atuar na prevenção ao uso de drogas e na promoção da cidadania entre crianças e adolescentes.
De acordo com o Ten.-Cel. Silveira, o programa fortalece a relação entre a BM e as escolas, atuando com o público pré-adolescente e adolescente para transmitir a mensagem de resistência às drogas e à violência. Ele destacou a importância de parcerias para garantir a continuidade e ampliação das atividades do PROERD. “Hoje, temos em Sant’Ana do Livramento, uma legislação municipal que ampara o programa, e vamos trabalhar para conseguir mais recursos, pois estar em sala de aula não é fácil, o instrutor precisa de apoio, estar motivado e com os recursos em dia para poder realmente passar a instrução”, afirmou
O instrutor Luís Pereira ressaltou as mudanças ocorridas no ambiente escolar e no próprio programa ao longo desses 25 anos. Segundo ele, a capacitação dos policiais é essencial para acompanhar as transformações no comportamento dos estudantes. “A sala de aula e o professor passaram por uma grande transição e isso impactou a atuação do policial como instrutor. Hoje, o PROERD tem 11 lições, sendo que a mais recente aborda o cigarro eletrônico, um problema crescente entre os adolescentes”, explicou.
Ele destacou que o PROERD não se limita ao combate de drogas ilícitas, mas também o uso de substâncias lícitas e controladas que podem afetar a saúde dos jovens. “Hoje temos a cultura do consumo de energéticos, que precisa descarregar energia, não ingerir mais estímulos. Além disso, há o aumento do uso de vape (cigarro eletrônico inalável), que se tornou um problema gigante e impacta diretamente na aprendizagem em sala de aula”, alertou.
O desafio do programa continua sendo manter sua relevância diante das transformações sociais e da presença cada vez maior dos fatores de risco para os jovens.