seg, 28 de abril de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Relações íntimas em ponto turístico?!

Moradores de rua, em Sant’Ana do Livramento, realizam diversos atos obscenos em plena luz do dia em praças públicas
Foto : cedida

A reportagem do Jornal A Plateia recebeu, no sábado (15) pela manhã, diversas denúncias e vídeos de ouvintes sobre atos obscenos que estariam sendo presenciados pelos transeuntes na Praça Flores da Cunha, na divisa entre Sant’Ana do Livramento e Rivera – Uruguai. Essa agressão visual estaria chegando às pessoas que por ali passavam, inclusive, com crianças.
Na manhã da segunda (17), a secretária de Assistência e Inclusão Social, Laura Fernanda Jardim Moraes, concedeu uma entrevista para o Jornal da Manhã, manifestando quais ações a SMAIS (Secretaria Municipal de Assistência e Inclusão Social) vem realizando. Ela explicou, primeiramente, o que é Assistência e Inclusão Social, relatando que “o sistema que norteia e que dá as regras e diretrizes para a Assistência Social, é chamado de SUAS (Sistema Único de Assistência Social), órgão que diz quais as garantias e diretos que se deve promover aos usuários que pretendem utilizar os nossos serviços. Nesse aspecto de situação de rua, temos uma equipe dentro do nosso time que realiza o trabalho em campo, é uma equipe muito capacitada, técnicos inteligentes que nos dão esse suporte dentro do SUAS. A Secretária também explica que a SMAIS tem comandos e instrumentos para atingir os usuários, então essa equipe de busca ativa, sai a campo, vai atrás das pessoas e identifica a quem pode oferecer o serviço de assistência social. É importante salientar que a equipe oferta os serviços, ela não impõe, ela não obriga que a oferta seja aceita, a resposta vai depender de o usuário querer”, relata Laura.
“Nós temos dificuldades e peculiaridades, que é o nosso público de fronteira. Nos usuários que são uruguaios, nós já identificamos a primeira barreira que são as regras diferentes, conflitos entre as legislações, que abrange a intervenção do direto internacional. As regras e normas são diferentes. A segunda dificuldade é a decisão do STF, que pessoas em situação de rua não podem ser retirados”, destaca.
“A assistência social não é Polícia. A questão onde se apontam os delitos não ficam a cargo da Assistência Social, nós trabalhamos com a garantia de direitos”, destaca Laura Fernanda.
Questionada pelos ouvintes da rádio, porque não há um encaminhamento, se os cidadãos são uruguaios, em resposta a secretária explica que: “Existe a intervenção de direto internacional, que fica sob a responsabilidade do MIDES (Ministério de Desenvolvimento Social – do Uruguay) que está conosco em algumas ações, então, os encaminhamentos são repassados a eles, e a partir daí, quem poderia responder seria somente o MIDES”, relata a secretária.
Finalizando sua entrevista, a secretária de Assistência Social comenta que é muito importante reforçar que a Assistência Social está em campo, há muitos casos de sucesso, resgatamos a autonomia de pessoas que conquistaram espaço para o trabalho, voltaram a seus núcleos familiares. Nos projetos, nos próximos dias, já está programada uma reunião com autoridades específicas para que se estabeleça definitivamente esse fluxo e o efetivo encaminhamento dessas questões.