dom, 16 de março de 2025

Variedades Digital | 15 e 16.03.25

Safra recorde: Conab estima novo aumento na produção de grãos no país, chegando a 325,7 milhões de toneladas

Para o Rio Grande do Sul, previsão é que o estado tenha a terceira maior safra da história, com 36,7 milhões de toneladas
foto : divulgação

Os produtores brasileiros devem colher 325,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2024/25, um crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior. O resultado é reflexo tanto de um aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, como na recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare. Caso esse cenário se confirme no final do ciclo, este será o maior volume a ser colhido na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela estatal nesta quinta-feira (13).

A Conab aponta para um aumento na produção total de milho, com expectativa de produção chegando a 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior. A colheita da primeira safra já atinge 13,3% da área plantada. Nesta temporada houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho. Mas essa queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, superior em 9,9% à 2023/24. Com isso, a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo. Já na segunda safra do grão, a semeadura foi realizada em 18,8% da área. As condições climáticas são favoráveis e projeta-se, no momento, crescimento de 2,4% para a área de plantio, refletindo em uma produção de 96 milhões de toneladas, crescimento de 6,4%.

Com 14,8% da área já colhida, a produção de soja está estimada em 166 milhões de toneladas, 18,3 milhões acima do total produzido na safra anterior. O resultado reflete o aumento na área destinada para a cultura combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro.

Com a semeadura praticamente concluída, a área destinada para o arroz deve atingir 1,7 milhão de hectares, 6,4% superior à área cultivada na safra anterior. No Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no país, as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios, em algumas regiões do estado, embora não indiquem redução de produtividade média, causam preocupações aos produtores. A Conab estima que a produção chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada com a colheita da safra passada.

Para o feijão, também se espera um maior volume colhido em 2024/25, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra do produto se encontra em diversos estágios fenológicos e 47% da área estava colhida em 10 de fevereiro. A Conab verifica aumento tanto de área como de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de toneladas. Para a segunda safra de feijão, o plantio está em fase inicial e a expectativa é que a colheita chegue a 1,46 milhão de toneladas; enquanto que na terceira a projeção é que sejam colhidas 778,9 mil de toneladas.

Safra gaúcha de grãos

O Rio Grande do Sul, que é responsável por 11,3% da produção nacional, deve obter a terceira maior safra de grãos da história, atingindo 36,7 milhões de toneladas. Mesmo sendo um dos maiores volumes da série histórica, isso representa uma queda de 0,2% em relação à safra de 2023/2024. O motivo é a redução na produtividade da soja, devido a severos déficits hídricos ocorridos em grande parte do estado entre meados de dezembro de 2024 e durante o mês de janeiro de 2025. Ainda assim, o Rio Grande do Sul se mantém na posição de terceiro maior produtor de grãos no país, atrás do Mato Grosso (1º) e do Paraná (2º). O cultivo de grãos ocorre em 10,44 milhões de hectares, um aumento de 0,3% na área.

A produção gaúcha de soja enfrenta inúmeras dificuldades devido à estiagem, condição que atinge a maior parte das regiões produtoras por registrarem precipitações irregulares e localizadas. A estimativa de colheita é de 18,45 milhões de toneladas, uma redução de 6,1%. Já a área plantada teve aumento de 1,1%, chegando a 6,84 milhões de hectares.

Arroz e feijão – Com o plantio já finalizado no estado, a produção de arroz pode alcançar 8 milhões de toneladas, um aumento de 11,7%. Se confirmada a estimativa, será uma das maiores safras do grão. Já a área plantada é de 951 mil hectares, uma alta de 5,7%. Quanto às condições das lavouras, mais de 50% estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 37% em floração e 12% em início de enchimento de grãos, de acordo com o monitoramento semanal da Conab.

A produção de feijão deve chegar a 76,9 mil toneladas, um aumento de 7,3%, enquanto a área cultivada está prevista em 48,5 mil hectares. O feijão preto primeira safra, que é o mais produzido e consumido no estado, apresenta grande variação entre as etapas de desenvolvimento. A maioria das lavouras está em fase de maturação e efetiva colheita. Já o feijão preto segunda safra está no início do plantio e as condições climáticas desfavoráveis, devido à estiagem, dificultam a sua implantação.

Milho e trigo – A Conab prevê 4,8 milhões de toneladas de milho, 0,4% a menos do que no ciclo anterior. A atual área destinada ao plantio soma 719,6 mil hectares e apresenta redução de 11,7%. Principal cultura de inverno, o trigo deve somar 4 milhões de toneladas na safra de 2025. A alta é de 4,4% em relação ao colhido no ano passado. Na área plantada, a previsão é de 1,28 milhão de hectares, uma redução de 3,8%. O plantio do cereal ocorre normalmente nos meses de junho e julho. Os números de área, bem como de produtividade, são baseados em modelos estatísticos.

Foto: Jane Machado/Embrapa

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