Sou de uma época em que as crianças obedeciam cegamente aos pais. Sem espaço para discussões ou questionamentos. Chamar os mais velhos de “senhor” e “senhora” era parte da educação que recebíamos.
Na adolescência, observar horários era sagrado. Minutos de atraso levavam à suspensão do direito de sair com os amigos, ir à reunião dançante, jogar futebol ou ir à casa do vizinho. O código de comportamento era rígido, inegociável e onipresente em todos os ambientes sociais.
Aos olhos de hoje vivíamos numa ditadura familiar. Não era fácil transitar entre a rebeldia típica da “juventude” e o respeito cultivado pelos mais velhos. Para alcançar a tão sonhada liberdade havia vários ritos de passagem. Um deles era completar 18 anos ou trabalhar com carteira assinada para ganhar o suficiente para bancar o ingresso da boate, um par de chuteiras novas, uma camisa da moda ou uma carteira de cigarro, hábito natural do “salto para a maioridade”.
Respeito e medo forjaram minha geração, nascida em 1960. Conformismo e rebeldia conviviam num dilema permanente. Com o tempo, porém, passei a entender o que levava os pais adotarem tamanha severidade. Eram outros tempos, diferentes, de pouca informação para regrar a criação dos filhos.
Nasci na colônia, longe do centro urbano onde meus colegas de aula usufruíam hábitos muitos diferentes. Eles viam tevê, andavam de carro, bebiam refrigerante todos os dias e usavam roupas compradas em lojas. Até a adolescência, minha mãe e avó costuravam minhas camisas e calças de brim. Camisetas eram luxo que meus padrinhos de Porto Alegre presenteavam no aniversário e no Natal.
Apesar das agruras, com o passar do tempo passei a compreender os motivos daquele comportamento adotado pelos meus pais. Tenho amigos e parentes até hoje indignados com tamanha dureza no trato com os filhos. Com os anos entendi as proibições e pouca liberdade na infância e adolescência.
Hoje vejo o extremo oposto desta época de rigidez. Pais omissos criam filhos sem limites, desprovidos de valores e princípios, com liberdade absoluta, sem responsabilidades. Confesso temor das futuras gerações que comandarão nosso Estado e o país diante de tamanha liberalidade sem responsabilidade.


Rivera celebra la XVIII Semana Nacional de la Seguridad Vial
En la jornada de este lunes 13 de octubre se realizó el lanzamiento oficial de la XVIII Semana Nacional de la Seguridad Vial. Dicha actividad tuvo lugar en la sala de conferencia de la Intendencia Departamental de Rivera y contó entre otros con la presencia del Intendente Departamental, Contador Richard Sander, el Director General de Tránsito y Transporte, Mauricio González,