Chegou a conclusão da triologia mais esperada pelos fãs de terror, o filme mais importante do gênero de todos os tempos da última semana… MaxXxine conclui a série iniciada em ‘xXx – A Marca do Terror’, de 2022, e ‘continuada’ no mesmo ano com ‘Pearl’. Todos esses filmes dirigidos por Ty West e estrelados pela ‘nossa’ Mia Goth (mais sobre ela adiante). No primeiro, um slasher puro, uma equipe vai rodar um filme pornô numa fazenda, nos anos setenta, e é atacada por um casal de velhos da estância ao lado. No seguinte é contada a história da velhinha, como ela foi parar naquela estância muitos anos atrás… e a terceira parte trata da ‘final girl’ do primeiro filme e as suas aventuras pelo mundo pornô em Los Angeles, ao mesmo tempo que um serial killer fica barbarizando a cidade. Os dois primeiros são muito bons, marcando a ascenção de Ty West à primeira divisão dos diretores de filmes de horror… e de Mia Goth ao primeiro time de rainhas do grito, as musas do cinema de horror. Infelizmente o terceiro filme é marcado por um final decepcionante, o que o deixa abaixo dos outros dois elementos da triologia… mas está bem longe de ser ruim, vale muito à pena ser visto.
Pois é… Mia Goth entrou em meu radar na refilmagem de Suspiria, de Luca Guadagnino (que deve ser resenhada em maiores detalhes nas próximas semanas, nessa mesma coluna), como uma das alunas da escola de dança aonde se passa a história. Ela se destacou numa produção estrelada por Dakota Johnson e com uma excepcional atuação de Tilda Swinton, em papel triplo… antes ela havia aparecido em ‘Ninfomaníaca’, de Lars von Trier, e daí em diante passou a fazer pontas em várias produções do gênero, até ser escolhida como a protagonista da triologia xXx…
Me lembro que em Suspiria ela tinha uma cena que saía rebolando que me enlouqueceu, desde quando uma atriz britânica tem esse molejo? Uma investigação no Google matou a charada, o nome já deu uma bela duma pista (Mia Gispsy Mello e Silva Goth)… mãe brasileira… e ela ainda era neta de Maria Gladys, musa do udigrudi dos anos setenta, estrela de filmes de Rogério Sganzelra e Júlio Bressane, que foi morar em Londres no final dos anos setenta e lá teve uma filha com um garçom, além de ter namorado Mick Taylor, dos Rolling Stones… ou seja, a vocação para as artes vinha de berço…
Mia foi escolhida para ser coadjuvante de xXx… mas a atriz que era para ser a principal (e que nesse momento tinha muito mais nome que ela), Jenna Ortega, estava com pouco tempo para rodar o filme, então se inverteram os papéis… na semana que ficou confinada na Nova Zelândia (a rodagem foi nos tempos da Covid) Mia teve uma ideia para um filme sobre a personagem da velhinha assassina do filme, que se revelou tão boa que foi rodada por lá mesmo, com a mesma equipe do primeiro filme… quando se definiu que seria feito um terceiro filme já se definiu que a protagonista seria a atriz pornô que se torna a final girl da primeira parte da triologia, algo que já havia sido instigado num primeiro filme, aonde aparecia um cartaz anunciando que ela estava desaparecida…
Para quem quiser ver os filmes… xXx A Marca do Terror está no streaming do Prime Video… Pearl está passando no Telecine e está na Globoplay, enquanto MaxXxine está no aluguel digital de vários serviços, além de recém ter saído das telas de cinema… a desgraça das produções independentes é que elas se espalham por vários serviços, dando trabalho a quem quiser correr atrás…
