sáb, 10 de maio de 2025

Variedades Digital | 10 e 11.05.25

O que se passa por estes pagos? Teriam as chuvas e ventos de maio levado no arrastão o respeitável futebol dos gaúchos?

Inter e Grêmio estão de cócoras. Quando veremos multidões nas ruas celebrando conquistas, erguendo taças, ostentando com júbilo suas coloridas camisetas? O Inter está perdendo para ele mesmo, e para ele mesmo está perdendo o Grêmio.

A quem atribuir a responsabilidade? Ao fortuito exílio, motivado pelos alagamentos? Aos jogadores, cujos salários mensais equivalem a anos de salário-mínimo? Aos técnicos? Conselheiros? Dirigentes, em suas suntuosas salas?

E as torcidas seguem fiéis. Enfrentam chuvas e longas viagens, renovando esperanças de vitórias. Eu vi torcedores chorando junto às paredes dos estádios. As camisetas, da cor do sangue e do vinho e a tricolor, têm seus pesos, testemunham suor e glórias passadas, não são frívolas borboletas esvoaçantes, breves e precárias.

Senhores! Devolvam a esmaecida grandeza ao Inter e ao Grêmio. A tragédia das enchentes nos fez mais fortes e aguerridos. Existem derrotas eventuais e honrosas. Estamos vivenciando derrotas inaceitáveis e acachapantes. Agora chega!

É suar a camisa. É bola nas redes. As torcidas querem soltar aquele grito heroico que está sufocado na garganta. É golo! Vamos colorir nossas ruas de alegria.

Não nascemos para morrer. Não jogamos para perder. Sejam nossos times dignos de suas memórias! Nossos estádios não podem se tornar museus de fracassos!

“O golo se cultua
com sonhos, com sede.
Nas nuvens, a lua
é bola nas redes.”

Luiz Coronel,
um torcedor colorado!