Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio RCC, nesta segunda-feira (01), a secretária de Assistência e Inclusão Social, Maria Drekener, elucidou as complexidades envolvidas no trabalho com pessoas em situação de rua. Segundo Drekener, é crucial distinguir entre “moradores de rua” e “pessoas em situação de rua”, enfatizando as diferentes vulnerabilidades que levam essas pessoas a viverem nas ruas, como drogadição, alcoolismo ou conflitos familiares.
Maria Drekener destacou que o termo “morador de rua” se aplica àqueles que não têm outra opção senão viver nas ruas. “A maioria deles pernoita no albergue”, afirmou. Por outro lado, as “pessoas em situação de rua” podem optar por não ficar em casa por vários motivos e encontram na rua um lugar para viver de acordo com suas perspectivas. Essas pessoas, mesmo tendo casa e família, preferem a vida na rua devido a problemas pessoais ou familiares.
Para enfrentar esses desafios, a Secretaria de Assistência e Inclusão Social realiza uma busca ativa três vezes por semana, em parceria com a Secretaria de Saúde. Durante as noites, especialmente no inverno, as equipes saem para a redução de danos, levando café, cobertas e pão, e tentando convencer as pessoas a irem para o albergue municipal. “O trabalho é feito para garantir os direitos, e quando a pessoa não quer ir, também é um direito dela”, explicou Drekener.
Um dos maiores desafios enfrentados pelas equipes é a resistência de algumas pessoas a deixarem a rua. A secretária mencionou que o único local onde as pessoas demonstram muita resistência é em frente ao Antigo Fórum, ‘’mesmo com os esforços contínuos das equipes, algumas pessoas preferem permanecer na rua’’, concluiu a secretária.