qua, 1 de outubro de 2025

Variedades Digital | 27 e 28.09.25

Desastre climático contribui para queda superior a 19% nas exportações da Indústria de Transformação no RS

Saídas pelo Aeroporto Salgado Filho caíram mais de 72% em maio

Com plantas industriais paralisadas e rotas de transporte de insumos e produtos interrompidas ou prejudicadas, as exportações da Indústria de Transformação gaúcha sofreram forte impacto negativo no mês de maio. A retração foi de 19,3% na comparação com o mesmo mês de 2023, com queda em 18 dos 23 segmentos que realizaram embarques. “Além de fábricas fora de operação, a infraestrutura danificada contribui para maiores custos para a indústria gaúcha, tanto em transporte como na produção. A maior parte das plantas industriais está localizada em municípios atingidos pelo desastre climático”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry.

Embora tenha registrado faturamento de US$ 1,2 bilhão com as exportações, de acordo com os resultados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Indústria de Transformação do RS vendeu US$ 282,5 milhões a menos do que no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi influenciado diretamente por uma menor quantidade (-18,9%) de produtos enviados ao mercado externo, visto que preços médios (-0,6%) variaram pouco. A tragédia climática contribuiu para aprofundar o desempenho negativo dos embarques da Indústria de Transformação. Eles têm apresentado trajetória descendente desde janeiro de 2023. Essas exportações ficaram US$ 227,9 milhões, redução de 16,2%, abaixo da média verificada para o mês de maio nos últimos três anos.

A queda de 36,5% (-US$ 214,3 milhões) no resultado do segmento de Alimentos (US$ 373,1 milhões) na comparação com maio de 2023, foi influenciada principalmente por uma menor quantidade (-34,2%) de mercadorias enviadas ao mercado externo. Preços apresentaram retração de 3,4%. Quanto aos ramos de produção dessa indústria, Óleos vegetais em bruto (US$ 119,1 milhões ou -US$ 160 milhões) embarcou suas mercadorias principalmente para a Coreia do Sul, o Abate de aves (US$ 101,2 milhões ou -US$ 31,3 milhões) teve seus produtos comprados majoritariamente pelos Emirados Árabes Unidos e, por fim, o Abate de suínos (US$ 49,4 milhões ou -US$ 2,8 milhões) enviou a maior parte de sua produção para a China.

Em segundo lugar, o segmento de Tabaco apresentou US$ 206,5 milhões em exportações. A movimentação foi positiva visto o incremento de US$ 58,3 milhões nas receitas, mais 39,4%. O aumento tanto na quantidade (+14,3%) quanto nos preços (+22%) apontam para uma demanda externa ainda forte para os produtos dessa indústria. O Processamento industrial do tabaco (US$ 196,2 milhões ou mais US$ 62,1 milhões) foi o principal destaque, com produtos embarcados principalmente para a Bélgica.

O terceiro segmento com maior receita com exportações em maio de 2024, Químicos, apresentou faturamento de US$ 99,6 milhões, recuo de US$ 3,5 milhões (-3,4%). Também mostraram retração, em maio, Couro e calçados (US$ 70,9 milhões ou -US$ 1,1 milhão, queda de 1,6%), Veículos automotores (US$ 64,3 milhões ou -US$ 46 milhões, recuo de 41,7%), Máquinas e equipamentos (US$ 56,3 milhões ou -US$ 54 milhões, menos 49%) e Produtos de metal (US$ 49,4 milhões ou -US$ 23,5 milhões, queda de 15,2%).

O Rio Grande do Sul importou US$ 772,2 milhões em mercadorias, em maio. Isso corresponde a uma retração de US$ 540,9 milhões frente ao mesmo período de 2023 (-41,2%). A menor demanda gaúcha por Bens intermediários (US$ 473,2 milhões, -US$ 191,2 milhões ou -28,8%) e por Bens de capital (US$ 122,2 milhões, -US$ 90,3 milhões ou -42,5%) sinaliza um mercado interno menos aquecido, visto o menor consumo por parte da indústria gaúcha de insumos e maquinário utilizados diretamente no processo produtivo. A maior parte dos produtos importados pelo Estado foram os pertencentes ao segmento de Químicos, US$ 226,6 milhões, recuo de US$ 104,8 milhões ou 31,6%.

AEROPORTO E PORTO DE RIO GRANDE – O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, tem maior peso para as importações do que para as exportações. Em maio, foi exportado US$ 1,2 milhão pela Inspetoria da Receita Federal (IRF) do terminal, US$ 3,1 milhões a menos (-72,1%) do que no mesmo mês do ano passado. Quanto às importações, foram US$ 3,5 milhões em compras, valor US$ 37,5 milhões (-91,5%) menor ao verificado em maio de 2023. O aeroporto teve suas operações interrompidas em 3 de maio, e já havia certo volume embarcado antes de seu fechamento.

Já o Porto de Rio Grande, principal local de embarque das exportações gaúchas, embora a cidade tenha decretado estado de calamidade, continuou a pleno funcionamento. Mas as rotas que ligam as plantas industriais até os portos e alfândegas foram bastante afetadas, tornando os deslocamentos mais longos e demorados. Esse cenário contribuiu para maiores custos de transporte para a indústria gaúcha, afetando tanto o produto final processado quanto os insumos utilizados no processo produtivo.

ABIGEATO: Un hombre detenido por abigeato en Rivera

En horas de la mañana de este miércoles 1° de octubre, en una operación en conjunto llevada adelante entre personal de Seccional 5ta.y de la Brigada Departamental de Seguridad Rural de la Jefatura de Policía de Rivera, tras un trabajo de inteligencia policial entorno a un hecho de abigeato. En la oportunidad existia la posibilidad que el ganado en cuestión