O deputado federal Afonso Hamm manifestou repúdio à Sessão Solene realizada na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (28/02), em homenagem aos 40 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em entrevista coletiva, Hamm destacou que durante o governo Bolsonaro o campo estava pacificado, porém, só no ano passado o MST invadiu mais de 70 propriedades, levando violência e insegurança ao meio rural.
O deputado ainda relembrou que alguns anos atrás o MST invadiu o Congresso Nacional e provocou um verdadeiro quebra-quebra e, agora, ironicamente, o movimento está sendo agraciado pelo Parlamento.
“Como um grupo que vandalizou o Congresso, que invade prédios públicos e propriedades privadas vai ser objeto de uma homenagem? É uma afronta ao estado democrático de direito e a quem trabalha e produz no campo”, afirma.
Afonso Hamm relatou que no município de Hulha Negra, centenas de integrantes do MST estão acampados próximos às margens da BR 293.
Em função da insegurança no campo gerada pela presença desses manifestantes, os produtores rurais da região montaram uma vigília no município e há mais de 133 dias deixaram as suas propriedades e produção, para ficarem em alerta na mobilização titulada Movimento Invasão Zero. “Muitos estavam preparando a colheita e tiveram que deixar a atividade para proteger todas as propriedades privadas”, observa.
O deputado ainda lamentou que neste momento, uma propriedade rural em Hulha Negra que está com processo de desocupação da área até dia 19 de abril, está com centenas de integrantes do MST em frente a porteira, com badernas e impedindo o ir e vir com tranquilidade, da família de Liana Salles, que ainda está com prazo para desocupar a área. “Uma família e funcionários que trabalham com criatório de equinos, reprodução e treinamento está vivenciando cenas de terror com a presença dos manifestantes”, observa o deputado ao informar que já solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Estado, o aumento do efetivo da Brigada Militar no local para oferecer maior segurança.