qui, 25 de julho de 2024

LOGO GRUPO A PLATEIA capa branco
Variedades Digital l 20 e 21.07.24
Aplateia Digital l 20 e 21.07.24

Última Edição

Estudo indica que rodeios movimentaram mais de R$ 2 bilhões no Rio Grande do Sul em 2023

Realizado pela Universidade Feevale, em parceria com a Sedec, estudo levanta o potencial econômico da cultura gaúcha
Rodeio de Vacaria tem um orçamento de mais de R$ 8 milhões em despesas diretas - Foto: Eliézer Falcão / Ascom Sedec
POR TAÍS TEIXEIRA / ASCOM

Um estudo realizado pela Universidade Feevale, em parceria com a secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, aponta que, em 2023, os rodeios movimentaram mais de R$ 2 bilhões no Rio Grande do Sul, sendo R$ 980 milhões somente em inscrições para as provas campeiras. O resultado parcial da pesquisa foi apresentado nesta terça-feira, 6, durante o 35º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

Nesta primeira etapa do estudo, que se propõe a medir emprego e renda gerados pelas tradições gaúchas, os dados são relacionados apenas a rodeios. Só o de Vacaria, que é um exemplo de como as festas campeiras têm potencial para movimentar a economia do Estado, tem um orçamento de mais de R$ 8 milhões em despesas diretas.

No ano passado, ocorreram 3.264 rodeios, festas campeiras e torneios de tiro de laço, 15% a mais do que em 2022. Foram 294 grandes eventos, 1.565 médios eventos e 1.405 pequenos eventos, com um investimento em torno de, respectivamente, R$ 800 mil, R$ 350 mil e R$ 150 mil.

A estimativa para a manutenção anual de 10 mil animais é de cerca de R$ 375 milhões, incluindo alimentação, hotelaria, transporte, vacinas e encilhas. Os gastos com aluguel de gado, nos rodeios, chegam a mais de R$ 73 mil. Em 2023, ultrapassaram os R$ 240 milhões nos mais de 3,2 mil eventos realizados. No ano passado, os investimentos com a parte artística, como ensaios, músicos e coreografias, chegaram a mais de R$ 355 milhões.

Já o gasto anual dos laçadores com indumentária – botas, bombachas, camisas, chapéus e lenços – é de cerca de R$ 30 milhões, enquanto que o investimento do público em geral que frequenta os rodeios é de mais de R$ 52 milhões. “Os rodeios se tornaram muito populares no Rio Grande do Sul, chegando a 3,2 mil festas por ano, uma média de mais de 60 a cada fim de semana”, comenta o economista José Antônio Ribeiro de Moura, professor da Universidade Feevale.

Moura lembra que, comparando com outros setores da economia gaúcha, os números relacionados ao tradicionalismo representam o dobro do que o Brasil exportou de calçados em 2023 e 70% a mais do que a produção de uvas no Estado. “Os números expressivos mostram que as entidades podem ser beneficiadas tanto a partir de leis de incentivo do governo, como de investimentos pelos empresários, que também são capazes de obter um grande retorno se apostarem nesse segmento”, afirma.

Desenvolvimento do Estado

No ano passado, ocorreram 3.264 rodeios, festas campeiras e torneios de tiro de laço no RS – Foto: Eliézer Falcão / Ascom Sedec

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ernani Polo, ressalta que, além de ser uma representação da identidade cultural, o tradicionalismo é um setor que movimenta a economia gaúcha, conforme tem se constatado a partir deste estudo. “Esse resultado parcial já indica que somente em rodeios mais de R$ 2 bilhões em 2023, um número que impressiona justamente pelo fato de os rodeios estarem espalhados. Com essa sistematização, houve a percepção do quanto gira a economia, gerando empregos e renda. O governo do Estado segue trabalhando com a Feevale para a continuidade deste estudo, que pode ser uma ferramenta para balizar futuras ações em prol do segmento”, diz.

O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, acredita que o estudo vai possibilitar diversos benefícios e servir de base para políticas públicas de fomento às tradições. “É um setor econômico e cultural extremamente importante, ligado à nossa identidade e ao nosso desenvolvimento. Como um gestor público vai propor uma política e dirigir recursos, transportar para o turismo, por exemplo? Tendo um estudo e trabalho sério e científico, com apoio de todas as entidades, e colocando no mapa do desenvolvimento do Rio Grande do Sul o gauchismo”, destaca.

O estudo deverá ser concluído ainda neste semestre. As próximas etapas incluem o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e suas festas, danças folclóricas, musicais e acomodações; o cavalo crioulo; a erva-mate e o chimarrão; e a radiodifusão.

Sobre o Rodeio de Vacaria

Rodeio de Vacaria recebe visitantes de todo o Brasil e do exterior – Foto: Eliézer Falcão / Ascom Sedec

O 35º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, o maior do Estado, segue até domingo, 11, no Parque de Exposições Nicanor Kramer da Luz (Rua Fermino Camargo Branco, 790). São esperadas cerca de 500 mil pessoas, do Brasil e exterior, além de quatro mil competidores nos concursos artísticos e nove mil nas provas campeiras, em mais de 40 modalidades, como laço, gineteada e danças tradicionais. A premiação aproximada é de R$ 1 milhão.

A programação completa do evento pode ser acessada no site www.rodeiodevacaria.com. Os ingressos variam de R$ 10 a R$ 30, dependendo do dia da semana, e o passaporte para todos os dias custa R$ 150. Crianças até 10 anos têm entrada liberada. Os estacionamentos custam entre R$ 20 e R$ 40 e o passaporte para todos os dias R$ 270.

Agricultores familiares podem encaminhar propostas para compra e distribuição de sementes para Conab

Nesta quinta-feira (25), Dia Internacional da Agricultura Familiar, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) começa a receber as propostas para a compra e distribuição de sementes e materiais propagativos, como mudas, entre outros, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os recursos para a aquisição serão repassados do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à

O que se passa por estes pagos? Teriam as chuvas e ventos de maio levado no arrastão o respeitável futebol dos gaúchos?

Inter e Grêmio estão de cócoras. Quando veremos multidões nas ruas celebrando conquistas, erguendo taças, ostentando com júbilo suas coloridas camisetas? O Inter está perdendo para ele mesmo, e para ele mesmo está perdendo o Grêmio. A quem atribuir a responsabilidade? Ao fortuito exílio, motivado pelos alagamentos? Aos jogadores, cujos salários mensais equivalem a anos de salário-mínimo? Aos técnicos? Conselheiros?