qui, 25 de julho de 2024

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Última Edição

APOCALIPSE EM PORTO

Buenas!

O casal fora ao teatro ver uma comédia, era um dia de semana normal, apesar do calor intenso e ameaça de alguma chuva forte. Porém, ninguém espera algo tão apocalíptico.

– Vou para onde? Tá tudo escuro, todos os postes apagados! –, disse ele, diante da escuridão inesperada e da chuva que vinha de todos os lados, inclusive, de baixo para cima, tal as voltas que o vento dava.

– Dobra ali, dobra ali, segue aquele carro!

– Qual carro, a chuva tá forte demais, não tô vendo! Aquele preto? Vi agora.

– Este, ele dobrou naquela esquina, ali, é contramão, mas segue ele, rápido! Aumenta a velocidade do limpador de parabrisas! – Ela falou exasperada.

– Tá bem, tô indo, mas não dá para ir rápido, o limpador está no máximo, é água demais, vêm de todos os lados, não consigo ver nada direito.

– Vai devagar, espera ele passar, calma, vai devagar! Não é melhor parar?

– Tá, tudo bem, vamos indo, é muito perigoso parar, é muito vento, pode cair um galho, uma árvore. Olha ali, segue aquele ônibus, ele é grande e tá abrindo caminho na água. Vai mais rápido.

– Boa ideia, vou atrás dele, mas calma, tá, vai dar tudo certo, a gente vai chegar. – Dizia ele, tentando manter a calma, mas com dificuldade extrema.

– Olha lá, muita água! Não vai passar! –, gritou ela, quase saindo do assento.

– A gente passa sim, meu carro é alto, vou devagar, aquele carro passou, o meu passa também.

– Para naquele posto ali, para ali, tá cheio de carro parado, vai debaixo da cobertura.

– Boa ideia, mas não debaixo da cobertura, já vi várias coberturas de postos voando, vou encostar ali, do lado daquele prédio baixo.

– Ufa, ainda bem que parou aqui, tá bem mais calmo, mas já são quase 11h da noite, temos de chegar em casa –, ela falou, demonstrando um autocontrole que parecia ter perdido alguns galhos e postes inclinados atrás.

– Já passaram uns dez minutos, parece que a chuva e o vento acalmaram um pouco.  Vou tentar ir. – Afirmou com alguma certeza, tentando demonstrar confiança em si  e no clima.

– Tá, vai com calma. Dobra ali, não, tem carro parado, tá escuro, os carros não conseguem ir, deve tá alagado. Volta ali, aqueles carros estão na contramão, segue ali.

– Tá ok, eu vou tentar entrar na avenida de novo. Putz, um poste caiu, os fios estão soltando faíscas. vou passar bem longe, não pode pegar na lataria, aqui dá para passar, os fios estão longes, está tudo alagado, mas vou passar!

– Mas aquele ali parou, olha só, tá com água na porta! Dobra ali, dobra ali! – Falou agitada, quase com lágrimas nos olhos.

– Calma, vai dar certo. Consegui, passei! Tá muito escuro e cai muita água e não tem um poste com luz, não dá pra ver nada, Vou dobrar ali naquela rua, acho que a gente fica perto da outra avenida!

– Bahhh! Tem uma mega árvore caída, impossível passar! Volta, volta! –, gritou ela, pulando, mas presa ao cinto.

– Sim, sim, deixa eu manobrar com calma, tá perigoso, mas tem carros passando, tá todo mundo devagar, não dá para ver nada, nenhuma sinaleira funcionando.

– Vai ali, o carro cruzou a faixa de pedestres, sobe aquela rua, cuidado os ônibus, têm carros indo ali, vai!

– Tô indo, aqui é contramão, mas vou ir, tá escuro, muitos galhos caídos. Droga, outro alagamento! Vou pegar aquela outra rua pequena, tem mais carros indo por ali.

– A rua parece uma cachoeira, a correnteza tá muito forte, o vento tá sacudindo o carro! – Falou, apavorada…

– Sim, calma, o carro tá seguro, vamos passar aquela água corrente, ali eu conheço, a água não deve estar muita funda. Deu certo, vou por ali.

– Cuidado, outra árvore caída, volta, volta, pelo amor de deus, volta! Entra ali, isso, tá pertinho. Olha aquela árvore gigante! Dobra ali, dobra!

– Sim, calma aí, será que o controle do portão tá funcionando?

– Colocaram uma bateria desde a última chuvarada, funciona umas 12h, mesmo sem luz.

– Deu certo, entramos, estamos salvos. Subir sete andares não será problema depois desse estresse todo…

– Vou pegar as velas, liga a lanterna do celular! Meu deus! Tá tudo alagado dentro de casa! O vento abriu uma janela! – Falou, com as mãos na cabeça descabelada pelo vento, estresse e nervosismo, tudo junto.

– Bem, depois de tudo que passamos, secar o chão será o menor de nossos problemas, não é. – Falou, rindo, aliviado pela ‘sobrevida’ após o apocalipse urbano que vivenciaram.

– É mesmo… – Ela riu, soluçou e chorou copiosamente. Ele nada disse, acolheu-a em seus braços e secou uma lágrima furtiva de alívio…

 

(Baseado em fatos reais ocorridos em Porto Alegre, dia 16/01/24)

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