O Conselho Municipal de Transportes analisou e aprovou o aumento da passagem do transporte coletivo urbano de Sant’Ana do Livramento. Dos atuais R$ 3,75, a tarifa pode chegar a R$ 4,25. As informações foram publicadas em primeira mão pela Coluna Bastidores, no último fim de semana.
A expectativa é de que o aumento só entre em vigor a partir de fevereiro, após cumprir os prazos legais. Segundo a Coluna, os integrantes do Comut consideraram o valor “razoável para o momento, haja vista o valor da manutenção dos veículos e o preço do óleo diesel”.
O resultado da análise do Comut ainda não chegou na mesa da prefeita Ana Tarouco (PL), a quem compete estabelecer, por decreto, o valor da passagem. A visível diferença entre o preço de passagem praticado atualmente e os custos de manutenção do serviço, porém, tornam o reajuste praticamente uma necessidade, segundo lideranças da área.
Procurado, o Sindicato das Empresas dos Transportes Rodoviários Municipal de Sant’Ana do Livramento (STU), afirmou que estão aguardando o novo decreto.
“Durante a reunião do Comut, foi aprovado esse montante e o processo está na prefeitura. Estamos aguardando que o decreto aconteça nessa semana, e após 30 dias iniciar a vigência da nova tarifa, estamos, inclusive, em período de negociação com os trabalhadores também, citou”.
Nas ruas, a repercussão do possível novo aumento foi imediata. Rosemarie Brochi, 59 anos, diz que o aumento vai pesar no bolso do usuário. “Devido à situação que se encontra a economia do Município, é um valor alto, vai pesar no bolso do usuário que depende do transporte”.
Para William da Silva, 25 anos, o valor é razoável, pois sabe que as empresas se mantêm apenas com o valor das passagens. “Concordo com o aumento, pois sei que as empresas realizam as manutenções dos veículos, e pagam funcionários, apenas como o valor que é cobrado da passagem”.
Para a senhora Daniela Dias, 34 anos, o aumento é ruim. “Eu discordo do aumento, pois estou desempregada e dependo do ônibus para vir ao centro e dentro das minhas condições se torna ruim o valor”.
Questionada sobre o que achava do aumento, Edelma Braz, 73 anos, disse que acha o valor da passagem incompatível com o salário-mínimo. “Acho incompatível o valor, devido ao aumento do salário ser baixo, pois quem depende de ir e vir para casa de ônibus terá que desembolsar R$ 0,50 a mais por viagem”, afirmou.