sex, 4 de outubro de 2024

Variedades Digital | 28 e 29.09.24

O terrorismo de cada carioca nos daí hoje…

Buenas!

O Rio de Janeiro continua lindo! Ao menos, para quem mora na zona sul, melhor seria, se morar pelo Leblon, o lugar mais chique do país, não só na minha opinião, confirmado por todos os sites que tratam do assunto. Mas se for morador da baixada fluminense, boa sorte.

Lá a coisa só piora, ainda mais se for depender de ônibus, 35 deles não rodam mais, é fogo! Quem sabe mudando para a Barra da Tijuca? Ops, ali não dá nem para tomar um chopinho que corre o risco de ser chacinado, a classe médica que o diga…

Não tá fácil para o carioca e fala aqui alguém que adora a cidade maravilhosa. A melhor mistura que há entre história e natureza no país! Não sei quantas vezes estive lá, mas passam de vinte. Fui várias vezes de ônibus, outras tantas de avião, algumas em férias, outras tantas a trabalho.

Fui obrigado a morar em Copacabana. Foram alguns meses, mas não me sentia carioca, faltava a malandragem e colocar X em todas as palavras. Apesar de toda esta experiência, nunca vivenciei ou sofri violência, apesar de saber que ela está ali, na volta, densa como uma onda forte da praia de São Conrado…

O que acontece com o Rio? Infelizmente, não é de hoje. A região do Grande Rio está sob tensão similar a uma permanente guerra há mais de três décadas, pelo menos. E qual a solução? Se houvesse uma, eu não escreveria aqui, ia vender para as autoridades, trocar por um apartamento no Leblon…

Um fato é que ali vivem mais de 6 milhões de habitantes e que a disparidade econômica entre a imensa maioria que ganha uma miséria e a ínfima minoria que ganha muito é maior que o Oceano Atlântico. Como lidar com este distanciamento?

Os governantes municipais e estaduais, permeados pela corrupção há décadas, com muitos deles presos, nunca se interessaram em resolver, no máximo, varrer para baixo do tapete. Não podemos isentar o governo federal. Apesar de a segurança pública ser de responsabilidade estadual, a administração nacional precisa dar mais atenção para o Rio.

E já o fez, basta repetir a dose. Durante os Jogos Olímpicos Rio-2016, nunca se viu tanta polícia. Até eu estava trabalhando lá, vejam vocês! E não era só polícia. As forças armadas estavam integradas às operações, assegurando que o evento, que durou aproximadamente um mês, transcorresse quase sem percalços. Eu disse quase…

Neste evento, um colega meu, voltando do trabalho ao amanhecer, em plena avenida Brasil, região cercada por favelas e comunidades dominadas pela milícia ou pelo tráfico, estava sozinho, sem uniforme, num carro discreto. Foi cercado por dois carros. Provavelmente, iriam levar o dele, mas ele tinha equipamentos da polícia com ele, além da arma. Tentou fugir, foi baleado e morreu alguns dias depois no hospital.

Um caso que poderia ser evitado, um caso triste. Mas, no geral, podia-se andar com o celular na mão em pleno centro do Rio. E não foi só desta vez, também foi assim na Copa das Confederações, em 2013, e  em outros momentos diferenciados. Tenta fazer uma ligação no calçadão de Copa, hoje. Até dá, mas e o risco?

Como exemplo de formas de prevenção, em recente visita à França, houve ameaças de bomba ao Louvre e a Versailles. Alarmes falsos, felizmente. Porém, não é de hoje que há um reforço permanente na segurança preventiva do país. Toda grande cidade possui, além da Polícia Nacional e da Gendarmerie, tropas do Exército fazendo patrulhamento, seja a pé, com seus modernos fuzis, seja de viatura ostensiva.

Ou seja, o Rio de Janeiro não é uma cidade qualquer, é nosso cartão postal para o mundo. Reforço de policiamento não deve ser temporário, pode, pensando melhor, deve ser permanente! Quem sabe, um esforço nacional coletivo, unindo recursos privados e públicos, visando prevenir e, aos poucos, melhorar a situação da cidade.

Claro, o Rio não vai melhorar só com segurança. Há de se investir em educação! Senão, de que adianta proporcionar segurança, se as disparidades econômicas continuam a empurrar os jovens para as mãos cheias de notas de dinheiro dos milicianos ou dos traficantes?

Lembram dos CIEPs? Foram escolas públicas de caráter integral, em que os jovens iam de manhã e voltavam só de tarde, com três refeições, muita atividade esportiva e cursos profissionalizantes. Darcy Ribeiro, o idealizador do projeto, queria os CIEPs espalhados pelo Brasil. Aqui no RS chegamos a ter alguns…

O que aconteceu? O de sempre: troca de governo, muda o sistema, desistem de projetos “caros” como educação integral. Caro, caros leitores, é combater o crime depois que ele domina uma sociedade. Caro é investir em saúde para combater epidemias de crack. Caro é lamentar a perda de uma vida em troca de um celular roubado, isso sim é caro…

Educação nunca será caro. A Coreia do Sul virou a potência que é após investir pesado em educação integral. Porém – e lamentamos este porém, profundamente –, o próprio Darcy Ribeiro, um dos maiores políticos, escritor e indigenistas que este país, melhor, que este mundo já viu – vaticinou: “A crise na educação no Brasil, não é uma crise, é um projeto!”

Dá para almejar salvação para o Brasil? E para o Rio? Aguardemos, de preferência, com o pé na areia, com uma caipirinha na mão e o Pão de Açúcar no fundo…

AS LENDAS ESTÃO NOS DEIXANDO. E NÓS COM ISSO?

Buenas! Sim, ainda há guerras, fome, crise climática, aquecimento global e eleições, temas complexos e deveras relevantes para nossa existência planetária. Mas e as lendas, que não são eternas, o que faremos sem elas? Na última semana, perdemos Cid Moreira, alguns meses atrás, se foi o Sílvio Santos, ambos nonagenários. O primeiro, multimilionário. O segundo, bilionário. Mas não eram lendas

Antes do sim: 52% dos casais brasileiros se organizam para gastos extras na celebração de casamento e 47% contam com suporte financeiro da família

Considerado fator decisivo para os casais, o planejamento financeiro é fundamental para qualquer celebração de casamento. De acordo com um levantamento especialmente pelo Instituto Opinion Box, em parceria com o Casar.com, maior plataforma de sites e listas de casamento do Brasil, e Serasa, 52% dos casais idealizam o cerimonial com um orçamento emergencial, sendo que 33% fazem uso desta reserva