Neste domingo (10/9), completou uma semana que as fortes chuvas chegaram ao Rio Grande do Sul, causando enchentes, mortes e destruição na região Vale do Taquari. Com o objetivo de conversar com os empresários que tiveram a indústrias atingidas pelo evento climático, o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, foi até Encantado, Muçum e Lajeado. Em Encantado, esteve na indústria Fontana, acompanhado pelo conselheiro de Administração e diretor da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Ângela César Fontana.
A empresa fabrica óleos químicos e produtos de beleza e higiene. Com 89 anos de história e, atualmente, com 270 colaboradores, o empreendimento perdeu equipamentos, tanques, estoques e escritórios. No local, trabalhadores aguardavam pelo secretário, aflitas com a situação e temerosas pela ideia do desemprego. “Os governos estadual e federal estão empenhados em salvar vidas, em primeiro lugar, e depois recuperar a economia, por meio de linhas de crédito emergenciais que possibilitem as indústrias retomarem as atividades”, garantiu.
Na sequência, foi ao frigorífico Dália, que também teve boa parte da planta industrial danificada e perdeu boa parte do estoque destinado aos mercados interno e externo. “Liderados pelo governador Eduardo Leite, os Banrisul já disponibilizou R$ 1 bilhão de ajuda, o BRDE já suspendeu por um ano o pagamento de empréstimos de empresas com danos materiais e o Badesul também deve anunciar uma medida positiva”, disse, ressaltando que todos os mecanismos estão sendo utilizados para dar celeridade na solução desse problema social instaurado.
Polo seguiu para Lajeado, na Universidade do Vale do Taquari (Univates), onde o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, fez um pronunciamento para os prefeitos e representantes dos principais municípios, além da imprensa, após veio ver os locais devastados pelos efeitos das chuvas. O governador Eduardo Leite, o vice-governador, Gabriel Souza, lideranças municipais, estaduais e federais estavam presentes no ato, quando Alckmin anunciou R$ 742 milhões em recursos federais dividido em várias partes, além da parcela de R$ 800,00 para cada pessoa afetada pelo desastre.
Na oportunidade, Polo reforçou com o diretor financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, sobre a urgência de ajudar com linhas de créditos os empresários locais. Logo, o titular da Sedec ainda se reuniu com mais empresários atingidos em Lajeado. “Vamos trabalhar para recuperar os micro, pequenos, médios e grandes empresários. Pretendo trazer os representantes dos bancos para que possam ver de perto os estragos e terem uma dimensão melhor do que de fato ocorreu para socorrerem o setor privado”, salienta.