Adecisão da justiça de aceitar denúncia e transformar em réu o vereador Enrique Civeira (PDT) trouxe à luz um tema de repercussão estadual que precisa apenas de uma palavra posta em prática para que, de certa forma, temas como este não sejam pautas do Poder Judiciário: respeito. No caso em questão, é difícil de entender os motivos pelos quais levam um parlamentar, representante do povo, a desferir determinadas palavras se referindo, pejorativamente, à autoridade máxima do município. Ora, bastasse que o respeito fosse colocado em prática, que um caso como este não seria tema de preocupação da Promotoria Eleitoral e, agora, da Justiça Eleitoral. Qual é a dificuldade que há em fazer críticas, contundentes, ou não, de fundamentos, ou não, de maneira profissional? Apontar problemas, sugerir soluções e mostrar caminhos estão entre as atribuições que um vereador não só pode como deve fazer, porém, em nenhum momento existe a liberdade de atacar qualquer pessoa que seja, sem motivo algum. Ainda que tivesse motivo, é, no mínimo, deselegante para não dizer ofensivo contra uma pessoa. O caso ainda é agravado quando se trata de uma figura pública, alguém que foi eleito por centenas de pessoas que se sentiram representadas nas propostas e discursos da prefeita. Mais uma vez se traz a palavra da vez que é o RESPEITO. Que este caso, que já serviu como exemplo para o Rio Grande do Sul e o Brasil do que não deve ser feito, agora sirva como um exemplo de que a punição tem de acontecer na mesma intensidade das palavras proferidas pelo parlamentar.
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