Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

qua, 10 de dezembro de 2025

Em coletiva, Polícia Civil faz esclarecimentos sobre relatos de possíveis ataques em escolas

Autoridades explicaram formas de identificar conteúdos potencialmente violentos na internet

Foto: Debora Castro/AP
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Na tarde desta terça-feira (11), a Polícia Civil concedeu entrevista coletiva na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Nela, a delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Giovana Muller e o delegado regional Laurence Teixeira, explicaram o trabalho da Polícia em casos de ameaças de ataques à escolas que vem sendo difundidos nas redes sociais por todo o Brasil.

“Esses fatos não são novidade pra nós. Os órgãos de segurança pública têm, com frequência, investigado casos relacionados a esses fatos. Neste caso, estamos apurando diversos casos que vem sendo disseminados em todo o país. No nosso caso, estamos investigando desde os primeiros relatos em Livramento, ocorridos no mês de março”, explicou Laurence, referindo-se ao caso de racismo registrado no Instituto Liberato Salzano Vieira da Cunha no mês passado, bem como à onda de mensagens de ódio que teriam circulado em grupos de WhatsApp em Sant’Ana do Livramento nesta semana. O delegado mencionou ainda a imputação penal que esses atos podem gerar aos autores: “Reproduzidos em redes sociais, são fatos criminosos previstos no Código Penal, que inclui prisão somados os fatos de cada caso. Então, gostaríamos de dizer à comunidade que as situações estão sob controle”, alertou.

A delegada Giovana Muller explicou que, como vem sendo observado, há semelhanças na origens de manifestações de ódio: “Na maioria dos casos, o bullying está relacionado com a motivação das ameaças. Torna-se mais complexo quando os fatos são registrados em redes sociais, onde o ambiente é muito mais amplo e as mensagens são facilmente disseminadas. Pedimos às pessoas que têm proximidade com crianças e adolescentes que têm acesso à internet que monitorem o conteúdo aos quais eles estão tendo o acesso, especialmente pelo fato de alguns ambientes possuírem códigos e linguagens próprias, como em jogos. A partir desse ponto, buscamos combater ações que visem a propagação de mensagens de ódio contra negros, mulheres, população LGBTQIA+ ou qualquer mensagem referente à uma ideia de supremacia”, ponderou.

Eles também destacaram que a Polícia Civil é um canal que está de portas abertas para orientação, tirada de dúvidas e também para registros de ocorrências. “Qualquer imagem, vídeo ou palavra-chave identificados podem ser repassados à Polícia Civil para orientações e a instituição possui a tecnologia necessária para identificar crimes cibernéticos”, finalizou.

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