Neste domingo (26 de março) morreu, aos 73 anos, o cantor, historiador e professor uruguaio Manuel Oribe Fernandez Alvez, natural de Rivera. Negro Manolo, como era conhecido no meio musical gaúcho, faleceu vitimado por um câncer.
Além de lecionar tanto em Rivera quanto em Sant’Ana do Livramento, Manolo era um apaixonado pela cultura de pampa a qual era representada em suas canções juntamente com o Grupo Contrabando. Negro Manolo ficou conhecido no cenário regional gaúcho após ser o grande vencedor do Musicanto Sul Americano de Nativismo na cidade de Santa Rosa, em 1984, com a composição “Vire e o Mate” que se tornou um clássico no Estado.
Participante ativo dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul, onde possui inúmeras composições e dos encontros Folclóricos do Uruguai, Manolo deixou dois CDs gravados, onde sempre buscou enaltecer os hábitos dos gaúchos, seus usos e costumes.
Foi um dos idealizadores e apresentadores oficiais do Festival Um Canto para Martin Fierro de Sant’Ana do Livramento. Manolo também é autor do Poema Gaúcho de Duas Querências onde descreve a sua vivência de fronteira entre os marcos da linha divisória do Brasil e do Uruguai.
Em 2022, foi o idealizador do Festival Canto Nativo Del Cuñapirú, realizado em 25 de novembro, no teatro Salesiano em Rivera. Ainda no ano passado, Negro Manolo trabalhou na tradução para o espanhol do Livro chamado “A Doma Tradicional” do poeta santanense Zeca Alves, que visa repassar os princípios básicos e o fundamento da doma tradicional. Com 168 páginas, o livro que é bilíngue, e apresenta de um lado o conteúdo em língua portuguesa e de outro, traduzido para espanhol.