seg, 14 de outubro de 2024

Variedades Digital | 12 e 13.10.24

Alunos de diversas escolas realizam protesto contra racismo no Liberato

Foto: Matias Moura/AP
Foto: Matias Moura/AP

A manhã desta segunda-feira (27) foi de reivindicações e desabafos por parte de alunos do Instituto Liberato e de demais escolas de Sant’Ana do Livramento.

O ato em defesa de um aluno, que foi vítima de racismo dentro da escola, acendeu um alerta na comunidade escolar, onde alunos, professores e alguns pais, participaram do pedido de justiça na praça Marechal Rondon.

Em entrevista ao jornal A Plateia, a diretora da escola, Maria Cristina Godinho, disse que nunca havia ouvido relatos de alunos que tenham sofrido racismo dentro da escola.

“Nós não tínhamos reclamação por parte dos alunos. O menino que sofreu, sofreu na terça e, depois na quarta alguns até não vieram em função da paralização e na quinta quando se encontraram aconteceu a questão do racismo e da briga”, disse.

A coordenadora da 19ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Ana Alice Campagnaro reprovou a divulgação e a proporção que tomou o caso envolvendo os alunos e uma briga dentro da escola.

“Do que aconteceu na quinta-feira e a proporção que tomou, a gente tem que destacar que a escola sempre toma as medidas e nós temos que ter um cuidado pois envolvemos alunos menores de idade, e por isso não podemos expor, porque são vidas, são alunos e a gente sabe que muitas vezes um ato sem pensar pode realmente estragar uma vida e a gente se coloca no lugar desses adolescentes. A gente não trata só de um questão de racismo, mas também de uma violência que aconteceu”, explanou a coordenadora.

Enquanto a entrevista da direção acontecia dentro da instituição, do lado de fora alunos protestavam em frente ao educandário. Entre as manifestações, duas alunas afirmaram que, além dos casos de racismo também são vítimas de assédio por parte de alguns professores. A direção informou que não havia registro dos supostos casos, mas que começaria a investigar.