Foi divulgada, na manhã desta sexta-feira (23), uma nota assinada pelo Movimento de Mulheres Negras Santanense, abordando o caso de racismo registrado na Escola Liberato Salzano Vieira da Cunha e em solidariedade à vítima, um aluno do Instituto.
A nota pode ser conferida, na íntegra, abaixo:
“O Movimento de Mulheres Negras Santanense, vem através deste se solidarizar com a família do menino que sofreu racismo na escola Liberato, no dia de ontem. Embora todas as campanhas feitas de esclarecimento sobre racismo ser um ato criminoso, vemos que ainda temos um longo caminho a percorrer na luta de conscientização sobre o assunto, mas infelizmente isso não depende dos movimentos socias, chega de termos que estar ensinando o que deveria estar sendo feito dentro de casa, embora sabemos que a criação de órgãos efetivos de conscientização e defesa da comunidade negra, como por exemplo, qualquer tipo de preconceito é ensinado em casa, seja direta ou indiretamente, as crianças veem nos pais e familiares o exemplo, quando chegam à escola já trazem o preconceito na mochila, isso começa quando a mãe proíbe a criança de brincar com este ou aquele amiguinho pela cor da pele, aí ela vai dizer “não foi pela cor da pele é que ele é sem modos” mas ao proibir a frase usada é “não brinque com aquele negrinho ou negrinha ” ou “cuida teus brinquedos para o fulaninho não levar” e tu vai ver o fulaninho é negro, a criança vai criando um estereótipo, então reafirmo que o preconceito se aprende em casa, não tiramos da escola a responsabilidade de tentar reverter esse processo por tanto, pelo que ouvimos até aqui condenamos a atitude do estabelecimento de ensino, ao não ter tomado as medidas cabíveis desde o inicio, porque segundo relatos o acontecido foi algo, indiretamente, anunciado e totalmente previsto que iria acontecer pelo histórico do autor do crime.
Esperamos agora das autoridades policiais o cumprimento da lei, independente da idade do agressor, crime é crime e deve ser combatido no inicio.
Cada vez mais se faz necessária a implantação de um Conselho da Comunidade Negra, para nos respaldar em casos como este.
Movimento de Mulheres Negras Santanense”