Na manhã desta quarta-feira (15), professores estaduais de Sant’Ana do Livramento aderiram ao “Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio”. A paralisação teve por objetivo pressionar o governo federal para reverter o processo de ensino e aprendizagem de crianças e jovens, vigente desde 2017.
De acordo com Thiago Torbes, vice-diretor do CPERS sindicato, essa é uma discussão que vem se dando no âmbito estadual e nacional.
“Temos visto ai nesse último período, principalmente neste final de período de 2022 início de 2023, ume série de condições que não permite nem se quer o raciocínio de um ano letivo normal. A instituição de itinerários normativos, que é o que foi feito através da reforma, onde os alunos escolheriam o caminho que eles querem seguir, qual seria a sua vocação e eles vão seguindo ali esses itinerários e uma alteração na forma de ensinar e aprender no estado do Rio Grande do Sul, que se dá a nível de Brasil. Essa discussão nós entendemos já no primeiro momento, como uma violência muito grande a aprendizagem dos alunos”, explicou Torbes.
A novo ensino médio foi estabelecido em 2017 no governo do presidente Michel Temer, e apresentou uma mudança na estrutura do ensino médio, ampliando o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais (até 2022) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.
Ainda segundo Torbes, as mesmas instituições que planejaram e elaboraram a BNCC também estão pedindo a revogação do novo ensino médio.
As ações aconteceram ao longo do dia na Sala Cultural, onde a discussão também foi ampliada para o piso nacional de salário dos professores.
Acompanhe na integra a entrevista feita pelo repórter Marcelo Pinto.