As ações asiática fecharam majoritariamente no terreno positivo (exceção ao índice Hang Seng, em Hong Kong), com os futuros de ações dos EUA e da Europa na mesma direção, aproveitando-se do avanço em Wall Street na véspera, especialmente depois que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse que o banco central fez progressos em sua batalha contra a inflação.
O dólar segue registrando perdas em relação às moedas do G10 e dos mercados emergentes, estendendo suas perdas pelo terceiro dia. Um indicador da força do dólar estava no nível mais baixo desde abril, com os investidores globais se posicionando para um potencial pico nas taxas de juros dos EUA.
O comentário de Powell de que o “processo de desinflação começou” sugere que o ciclo de aperto agressivo está começando a ter o efeito desejado de reduzir o ritmo de crescimento dos preços, ajudando o S&P 500 a saltar mais de 1%. Já o Nasdaq superou os principais benchmarks, fechando em seu nível mais alto desde setembro.
O posicionamento nos mercados de swaps dos EUA assume que o Fed está se aproximando de cortar as taxas, já que os investidores apostam que as condições econômicas possam impedir os aumentos adicionais das taxas que os formuladores de políticas ainda antecipam.
O otimismo seguiu também no after market, com a Meta Platforms avançando depois de relatar vendas melhores do que o esperado durante o trimestre de férias.
Por aqui, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco(PSD-MG) foram reeleitos para seus atuais cargos de presidente da Câmara e Senado respectivamente. Em discurso após a confirmação da vitória, Lira condenou os atos terroristas de 8 de janeiro ao afirmar que “é hora de desinflamar o Brasil”.
“Neste Brasil, não há mais espaço para aqueles que atentam contra os Poderes que simbolizam a nossa democracia. Esta casa não acolherá, defenderá ou referenderá nenhum ato, discurso ou qualquer manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar terá a repulsa deste Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei”, afirmou.
Lira foi reeleito para mais dois anos no cargo com a maior vantagem de votos na história desde a promulgação da Constituição: 464 votos.
Já o senador Rodrigo Pacheco, afirmou que o País e o Congresso precisam de pacificação, mas que isso não é o mesmo que omissão ou leniência com atos antidemocráticos.
“Pacificação não significa omissão ou leniência. Pacificação não é inflamar a população com narrativas inverídicas, tampouco com soluções aparentes que, na verdade, geram instabilidade institucional. Pacificação não significa se calar diante de atos antidemocráticos”, afirmou.
O Senador mineiro foi eleito com 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e disse em seu discurso que a “polarização tóxica” precisa ser erradicada.
“O discurso de ódio, o discurso da mentira, o discurso golpista que aflige e afasta a democracia deve ser desestimulado, desmentido, combatido por todos nós, sem exceções”, declarou.