Jornal A Plateia – Rádio RCC – Santana do Livramento

sex, 19 de dezembro de 2025

Com salários atrasados, médicos da Santa Casa podem paralisar cirurgias eletivas

“Chegou de informação para nós que um vereador fica de alguma forma obstaculizando o repasse”, declarou o presidente do Simers

Sem o recurso, cirurgias eletivas correm o risco de paralisar (Foto:Yuri Cardoso/AP)
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Mais uma vez, as cirurgias eletivas podem ser paralisadas em Sant’Ana do Livramento. Isso porque, segundo vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), os médicos estão há cinco dias com seus salários atrasados.

“É uma patologia crônica da cidade o fato de que os médicos, apesar de terem uma decisão judicial que garante que vão receber aquilo que trabalharam até o dia 25, já temos um atraso de cinco dias, sem a garantia absoluta do repasse do valor adequado pelo trabalho executado”, explicou Marcelo.

O vice-presidente do Simers destacou, que a situação poderia ter sido evitada, caso o Poder Legislativo do município não demorasse dois meses para votar um projeto de lei que autoriza um repasse de R$ 730 mil da Prefeitura para o hospital.

“A informação que nós temos é que parte deste atraso, desta vez, tem uma participação da Câmara de Vereadores. Parece ter um recurso que está trancado na Câmara de Vereadores, que poderia fazer o pagamento […] infelizmente nós temos um atraso, ao que nos conste, por uma ação de um vereador da cidade”, contou.

Marcelo Matias comentou em entrevista à Rádio RCC FM a informação que o Simers recebeu sobre a situação. “Chegou de informação para nós que um vereador fica de alguma forma obstaculizando o repasse”, contou.

De acordo com o site da Câmara, o projeto foi “entregue ao vereador Carlos Enrique Civeira (PDT) para ciência da documentação juntada”, desde o dia 25 de janeiro. Nesta terça-feira (31), o prazo de tramitação do projeto se encerra e o presidente do Legislativo, vereador Maurício Galo Del Fabro (Progressistas), deverá requisitar a matéria para colocá-la em votação e garantir o repasse ao hospital.

De acordo com a diretora da Santa Casa, Leda Marisa, a falta desse repasse desencadeou em sucessivos atrasos nas obrigações do hospital. “Quando esse valor foi solicitado ao Executivo, e logo destinado, tinha por finalidade custear o hospital nos seus materiais e insumos regulares. Porém, o atraso fez que destinássemos outros recursos para manter o hospital. Tanto, que por último faltou condição financeira para pagar os profissionais médicos. Fomos compelidos a fazer um remanejo financeiro para manter o hospital a época, que ensejou a situação presente”, relatou.

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