A diretora da Escola Municipal Camilo Alves Gisler, Cátia Simone, afirmou nesta segunda-feira (04), que a escola enfrenta dificuldades financeiras e que os professores estão juntando dinheiro para pagar inclusive as mensalidades da Internet do educandário. “A gente trabalha com doação da comunidade, de empresários, de lojas e os próprios professores que tiram do bolso deles para pagar internet, para pagar toner da impressora. É tudo conosco, todo grupo: professores, funcionários e equipe diretiva”, relatou.
Segundo Cátia, um agravante da situação financeira da escola foi a reprovação das contas da antiga gestora, o que comprometeu o envio de recursos do governo federal para o educandário. “A escola não tem verba nenhuma. Faz cinco anos que a gente não recebe verbas federais, pois as contas da antiga gestora não foi aceita e aí ficou dividas” e complementou dizendo que já foram pagas as dívidas pendentes junto à Receita Federal. “Nós estamos colocando em dia as prestações de contas junto ao FNDE, só que é bem demorado”.
Além de empresários, a direção disse que conta com o apoio da professora Ligia Gisler, filha do ex-prefeito Camilo Alves Gisler que dá nome a escola. “Inclusive quem paga o nosso contador é ela”, disse Cátia.
Além dos problemas financeiros, a escola não tem acessibilidade e tampouco secretário, cargo que é desempenhado pela própria diretora. “A gente não tem nem material de educação física, sequer uma bola”, complementou.
Para doações entre em contato: (55) 98428-2545- Elisangela ou (55) 98455-0974- Cátia.
O QUE DIZ A SME?
A secretária Municipal de Educação, Elisangela Duarte, disse que a escola realmente não recebe verbas do federais, pois há duas gestões atrás teve problemas na prestação de contas e a atual gestão levou um tempo considerável para corrigir. “Agora estão aguardando a liberação junto ao FNDE”, ratificando a versão apresentada pela diretora.
Elisangela disse que assistiu a Reportagem produzida pelo Jornal A Plateia nesta segunda-feira (04) e declarou: “nas palavras da diretora parece uma escola abandonada pela mantenedora. Assim como as demais, a escola Camilo Alves Gisler recebe mensalmente materiais didáticos, de expediente e de limpeza. Quanto aos materiais esportivos estamos com uma licitação em andamento para que todas as escolas recebam”.
Quanto a acessibilidade, o Núcleo de Apoio Pedagógico da SME já foi até a escola e fez o levantamento dos itens necessários. “Estamos providenciando a compra”, disse a secretária. Quanto ao Computador da escola que foi levado, assim como a alimentação e o gás, a SME informou a escola que ainda hoje já foi providenciado um equipamento para substituir o que foi levado.
Neste momento a escola possui um ronda, que faz horários alternados, segundo Elisangela, está sendo estudado a lotação de mais um servidor para a escola, que então ficará com o serviço de ronda das 18h às 6 da manhã. O prédio sofreu um arrombamento e teve materiais furtados nesse fim de semana.
“Somos conscientes de que nossas escolas precisam de muita atenção e suporte, mas reforçamos aqui nossa responsabilidade e comprometimento com todos nossos educandários. As dificuldades existem e são diárias, cada uma de nossas 44 escolas com uma realidade diferente, problemas diferentes, necessidades diferentes, porém com uma mantenedora que trabalha diariamente com toda a dedicação para garantir uma educação de qualidade em sua totalidade a todos alunos da rede”, finalizou a secretária.