A Vila Brigadiana, um sonho de mais de 30 anos que começou a ser construído no ano de 2018, ainda está longe de ser concretizado. No local onde deveriam estar residindo as 250 famílias de policiais militares contemplados no projeto inicial, hoje o mato toma conta após o investimento de mais de R$ 2 milhões dos próprios contemplados. Mesmo sem ter nenhuma edificação no local, ou instalação de água e luz, rede de esgoto, os proprietários dos terrenos já efetuam o pagamento do IPTU.
Segundo o presidente da Associação de Moradores, Wander Quintana, há falta de abertura de diálogo com o executivo para dar andamento ao projeto. “Nós já investimos aqui mais de 2 milhões na pavimentação das ruas, tem material parado e inclusive sendo furtado. Queremos uma solução, pois dependemos do executivo para dar seguimento à obra. Infelizmente, nosso dinheiro está virando mato”, destaca.
Para a concretização da obra, é necessário que seja construída a rede de abastecimento, rede elétrica, rede coletora de esgoto e o projeto urbanístico do loteamento. “No projeto do esgoto, por exemplo, a Secretaria de Obras terá que fazer 100 metros de rede para conectar a saída pluvial da nossa vila às tubulações já existentes no município na rua Cabo Charão. E outra pela rua Jesus Linhares Guimarães. Além disso, pelo menos 11 moradores daquela localidade precisaram ser realocados para que se possa dar a abertura das ruas”, destaca Quintana.
A associação espera acelerar o processo do loteamento para as aberturas das ruas, instalando a tubulação de esgoto, da água na parte interna da vila e também a sequência do término da infraestrutura como o projeto elétrico. “Infelizmente, está tudo parado. Não podemos iniciar a rede elétrica, por exemplo, porque a empresa responsável precisaria passar com a rede por cima das residências e isso não é permitido. Para isso é necessário a abertura das ruas primeiro. Esperamos que isso seja resolvido o quanto antes”.
Em vistoria realizada em 2020, pelo promotor de justiça Sandro Marones, do Ministério Público, em decorrência de uma ação ajuizada em setembro de 2019 pelos representantes das famílias brigadianas, o MP apontou que na impossibilidade das famílias virem a ocupar área no próprio loteamento em questão, deverão ser realocadas no loteamento vizinho, denominado Vila Argiles, localizado a 250 m do local atualmente ocupado.
Procurada, a secretária do Planejamento e Meio Ambiente, Celina Martinez, informou que a questão está sendo estudada em conjunto com a Procuradoria do município e que, em momento oportuno, as informações serão repassadas. Já a Procuradoria se pronunciou por meio da Assessoria de Comunicação dizendo que não irá se manifestar sobre o tema, pois está em curso um processo judicial.


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