qui, 25 de abril de 2024

Construtora Sotrin comemora 45 anos de progresso

BORA INSTABILIZAR O MUNDO UM POUCO MAIS?

Buenas!

Vivemos um momento tranquilo em relação à pandemia, não é? E devemos isso graças à vacina e à ciência – apesar dos negacionistas de plantão. A última cepa, a omicron, é menos agressiva, hora de relaxar, viver a vida quase de modo normal, apesar das máscaras ainda dominarem nosso cotidiano, ainda em locais fechados, não é? 

Não, claro que não! Quer viver tranquilo ou morem na Lua ou não assistam o noticiário! Eu não consegui visto para viagem à Lua – ainda – e não consigo deixar de ler ou assistir todo noticioso que me cai nas mãos…   

Estamos em pleno fevereiro de 2022 e, para variar, o mundo continua dando provas que não é para amadores, apesar de um tanto previsível. Se tens algum conhecimento de história desta tão complicada humanidade, vais concordar comigo. Vou tentar avaliar um tanto da atual conjuntura, se tiver tempo, vai que os desocupados líderes do mundo se estranhem o suficiente e resolvam acabar com ele antes de eu dar o ponto final nesta crônica…

Todo leitor que me acompanha sabe que governantes precisam de atenção, afinal, sem mídia não se sustentam. Não sei por quais vias tortas – talvez por terem diminutas proporções de “masculinidade” – os mandatários das duas nações mais poderosas do mundo enxergaram que uma rusga militar atrai grande atenção mundial, logo, lhes dá destaque. Então, por que não botar fogo no parquinho do mundo?

Por óbvio quem me lê neste momento sabe que há uma crise militar promovida pela URSS, ops, Rússia. A outrora superpotência quer dominar a Ucrânia, sua vizinha e ex-membro da extinta União Soviética, que agora quer ingressar na OTAN, algo proibido, segundo Putin.

Quando comecei a escrever estavam no quesito das ameaças, como aquelas que víamos no colégio, com um guri forte, grande e burro ameaçando o pequeno e metido, mas ninguém partindo para cima. Eis que, sabendo do seu tamanho, o grandão parte para cima, provando que de burro não tem muita coisa. 

Aliás, não sabemos muito bem como pensa a esfinge russa. O presidente Vladimir Putin apresenta sempre a mesma faceta, pouquíssimos sorrisos e nenhuma simpatia. Ele mentiu que estava somente realizando exercícios militares na fronteira com a Ucrânia e confirmou os alertas dados pelo presidente norte-americano. Afirmou que iria somente defender territórios considerados russos, devido à sua história de ex-integrante da URSS e de parte da população  de origem russa que realiza movimentos separatistas. Com isso, invadiu todo o país e, a esta hora, está dominando a capital Kiev.

Por que a invasão, por que agora?, pergunto-me um tanto angustiado, como sei que o meu leitor também está. E aí mora o dilema, não temos bem certeza de suas intenções. Mesmo assim, vamos tentar entender um pouco a partir da história e do pouco que sabemos do que está acontecendo, lembrando que tudo pode mudar em questão de poucas horas…

Putin está com quase 70 anos e desde 1999 governa a Rússia. Aproveitando-se do vácuo deixado pela renúncia do alcoólatra Boris Yeltsin, tomou o poder fazendo malabarismos para se manter no poder. Era primeiro-ministro, com poderes totais, depois se elegeu presidente. A lei proíbe a segunda reeleição, logo, ele elege um marionete e volta a ser primeiro-ministro, com poderes totalitários. depois, volta a se eleger, dentro das regras, mas com o uso da pressão e da sutileza de um ex-agente da famigerada KGB. Há suspeitas bem fundamentadas de que ele mandou envenenar mais de um desafeto, além de prender opositores políticos, eliminando concorrências durante as eleições, além de proibir manifestações contrárias a seu governo.

Com esta estratégia, ele mantém o controle do segundo maior arsenal atômico do mundo e um dos maiores contingentes militares. A economia russa não é das maiores, mas sua influência, devido à importância geográfica e militar, faz com que ele mantenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e com direito a veto de qualquer decisão coletiva, devido às regras existentes desde o final da Segunda Grande Guerra Mundial.

Somando tudo isso e uma mente que precisa impor-se para se sentir aceito e respeitado, temos um quadro que remete à instabilidade mundial. Não há como prever as consequências ou a sequência dos atos do – por que não? – ditador russo. Ele irá derrubar o governo ucraniano e colocar um governante obediente às suas determinações? Ou irá manter a sanha conquistadora e invadir outro país, dentre eles, algum membro da OTAN?

Infelizmente, ninguém pode antecipar a resposta, temos de esperar as cenas do próximo capítulo desta novela internacional, que não será uma minissérie tão curta assim, pelo visto. Não bastava estarmos ainda vivendo o longa-metragem da pandemia da covid-19, agora sofremos este revés em nosso cotidiano. 

E não me venham dizer que isto não afeta o Brasil, o petróleo já subiu, o  que afetará toda a cadeia comercial. A economia está tão globalizada, que não há como escapar das consequências de uma rusga militar, ainda que suas proporções fiquem reduzidas ao território ucraniano. 

Espero, com ênfase, que o ditador russo não extrapole suas ambições, não precise provar que tem o membro maior que seus vizinhos para todo o mundo. Agora, ele bem poderia recolher-se ao seu palácio de inverno e degustar as iguarias da cozinha russa, como um arenque ou um bom caviar, degustar uma vodka original e poupar o mundo de suas sandices. Precisamos de paz e equilíbrio, com urgência, por favor. 

Por agora, voltarei a acompanhar o noticiário e tomar na veia minha dose diária da novela da vida…