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sex, 12 de dezembro de 2025

Homem morre em casa uma hora após ser liberado do plantão da Santa Casa

Luciano Furtado dos Santos, de 51 anos, foi três vezes até o hospital, mas liberado pelos plantonistas

Foto: Lucas Noro/AP
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Causou grande repercussão nas redes sociais, nessa semana, o caso de Luciano Furtado dos Santos, 51 anos, que, segundo a família, realizou três consultas seguidas no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia. Tudo começou na segunda-feira (22), quando Luciano compareceu ao hospital alegando fortes dores no peito e no braço esquerdo. O paciente passou por um eletrocardiograma que, segundo a família, não indicou alteração. Logo depois, foi enviado para casa com uma injeção e medicação debaixo da língua, pois de acordo com os médicos, era uma crise de ansiedade.
Na última terça-feira (23), Luciano voltou novamente ao hospital alegando os mesmos sintomas; foi atendido, submetido a outro eletrocardiograma e liberado para voltar para casa novamente.
Na quarta-feira (24), Luciano estava trabalhando, quando passou mal e foi levado pelo patrão para o Pronto Socorro. Ainda de acordo com a família, Luciano ficou esperando atendimento das 17h às 21h30, quando sua esposa, Mônica Beatriz da Rosa, o levou para casa.
No dia seguinte, ao chamar por Luciano, que morava sozinho, Mônica não obteve nenhuma resposta. Preocupada, ela acionou a Brigada Militar que compareceu à residência da vítima. Ao arrombar a porta, foi constatado que Luciano já estava em óbito há mais de cinco horas.
No documento emitido pelo hospital, a morte foi considerada natural. A esposa, ainda em choque com a partida de Luciano, pede que o caso sirva como exemplo. “Sei que nada vai trazer ele de volta, mas se isso aconteceu com o Luciano, pode acontecer comigo e com outras pessoas”, afirmou.
A Direção da Santa Casa afirmou que já instaurou uma investigação administrativa e que já identificou que nas duas vezes que Luciano esteve no Pronto Socorro, foi avaliado pelos dois médicos plantonistas. Nas duas ocasiões, segundo a Santa Casa, foi feito eletrocardiograma, que não indicou alterações. Inclusive, na última oportunidade, ele foi avaliado por médico da UTI. A Direção disse lamentar “profundamente o desfecho”.

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