seg, 5 de maio de 2025

Variedades Digital | 03 e 04.05.25

As mulheres mudam a política

ARTIGO

Fátima Daudt
Prefeita de Novo Hamburgo e vice-presidente de Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Granpal)
[email protected]

O mundo seria um lugar melhor, mais pacífico e bem-sucedido se mais mulheres estivessem no poder? A pergunta, feita pelo Instituto Ipsos em 28 países, teve no Brasil o maior percentual de concordância: 70%. O resultado sintetiza a relevância que alcançamos nós, mulheres, na vida pública. Embora sejamos maioria na população, ainda somos poucas nas esferas de poder. Nas 5.570 prefeituras brasileiras, por exemplo, apenas 12% são comandadas por mulheres. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, como Novo Hamburgo, somos apenas 21.

O alento é que há uma transformação em curso. Recentemente, fui uma das 30 prefeitas brasileiras convidadas a participar da Rede de Mulheres na Gestão Pública, do Instituto Alziras, que atua para fortalecer a presença de mulheres na gestão pública. O nome se refere a Luiza Alzira, a primeira mulher a vencer uma eleição no Brasil e a primeira prefeita eleita na América Latina, em 1929, três anos antes de as mulheres terem direito ao voto no país. São análises e perspectivas diferentes, desde a precursora na política, que nos motivam a ir mais longe.

De lá para cá, avançamos muito, mas o caminho é longo. As mulheres, com frequência, precisam provar que são capazes e aptas às funções. Isso é um paradoxo. Levantamento do Instituto Alziras e da Confederação Nacional de Municípios mostrou que as prefeitas da gestão 2017-2020 acumulavam experiência prévia na política, tinham mais anos de estudo que os prefeitos homens, mas 91% governavam municípios com até 50 mil habitantes. Durante a pandemia, pesquisa da Insper revelou novos desdobramentos da gestão feminina: as cidades brasileiras administradas por mulheres tiveram proporcionalmente 43% menos mortes e 30% menos internações decorrentes de covid-19.

Como podemos atestar, a participação das mulheres na vida pública faz a diferença. O desafio atual é ampliar a representatividade. A mulher tem legítimo “lugar de fala” para defender pautas e ideias que garantam direitos e avanços sociais. Entendo que, quando uma mulher não ocupa o seu espaço na política, ninguém o ocupa. Não queremos ficar sem voz. Pelo contrário, queremos nossa voz cada vez mais forte!

Cabanhas de Livramento são premiadas no 9º Congresso Mundial Braford

Encerrou  neste domingo (4) no Parque de Exposições Assim Brasil em Esteio o 9º Mundial da Raça Braford, onde as cabanhas de Santana do Livramento brilharam intensamente, reafirmando a excelência da pecuária da região. Com animais de destaque em diversas categorias, os criadores locais conquistaram importantes premiações, demonstrando o alto nível genético e o esmero no manejo de seus rebanhos.

Fenovinos é sucesso com a participação de 14 raças e 588 animais inscritos

A 37ª edição da Feira Nacional de Ovinos (Fenovinos) encerra neste domingo, 4 de maio, registrando um número recorde na participação de exemplares de 14 raças. Foram, no total, 588 animais inscritos. Participaram dos julgamentos de classificação 514 ovinos, sendo 171 machos e 343 fêmeas, divididos entre as cinco pistas do Parque de Exposições Nicanor Kramer da Luz, em Vacaria

Resumo de segunda-feira – 05/05/2025

Edição de Chico Bruno   Manchetes dos jornais   CORREIO BRAZILIENSE – Igreja busca trilhar passos de Francisco   O ESTADO DE S. PAULO – Dossiê sobre papáveis expõe tentativas de influenciar cardeais em conclave   FOLHA DE S. PAULO – Supersalários de juízes supera verba de política pública em locais pobres   O GLOBO – Emendas sem destino definido