seg, 15 de setembro de 2025

Variedades Digital | 13 e 14.09.25

Morning Call: mercados globais seguem pressionados por crise imobiliária da China e disparada da inflação

A venda de ações continuou na Ásia nesta terça-feira e o dólar se fortaleceu em meio à cautela sobre a inflação elevada alimentada pelos preços das commodities e os riscos dos problemas da dívida no setor imobiliário da China.

O índice de ações da Ásia-Pacífico da MSCI caiu até 1,7% antes de reduzir parte das perdas. O setor de energia foi um dos poucos a subir após uma recuperação do petróleo bruto. Os índices Nikkei 225 do Japão e Kospi da Coréia do Sul, estenderam as perdas, distanciando-se cerca de 10% de seus recentes topos históricos

Já os futuros nos EUA e os recém abertos mercados da Europa, lutam para se manter próximos da estabilidade, depois que as ações de tecnologia lideraram a queda em Wall Street na véspera.

O petróleo vai se mantendo próximo do nível mais alto desde 2014, após a decisão da OPEP + de manter o aumento gradual da oferta, mesmo com uma crise de gás natural aumentando a demanda pela commoditie. O Bloomberg Commodity Spot Index atingiu um novo pico histórico.

O endividado setor imobiliário da China continua a incomodar os investidores. O Fantasia Holdings Group não conseguiu pagar um título com vencimento nesta segunda-feira, aumentando as tensões causadas pela crise de caixa do China Evergrande Group. Lembrando que o mercado de ações da China está fechado por um feriado e reabrirá na sexta-feira.

As ações globais caíram quase 6% em relação a um recorde no início do mês de setembro, prejudicadas por uma redução iminente no estímulo do Federal Reserve, além dos aumentos nos custos de energia e a possibilidade de crescimento mais lento na China devido às restrições impostas ao seu setor imobiliário.

Nos EUA, os congressistas seguem discutindo sobre o teto da dívida do país, com o presidente Joe Biden alertando que o governo corre o risco de violar o limite legal ainda neste mês.

Por aqui, o procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu nesta segunda-feira, 4, um procedimento de apuração preliminar sobre a atividade de offshores (empresas internacionais) em nome do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

De acordo com o consórcio internacional de jornalismo (ICIJ), Guedes é dono da Dreadnoughts, sediada nas Ilhas Virgens – um paraíso fiscal que não cobra imposto de empreendimentos de outros países. A offshore permanece ativa mesmo após Guedes assumir a pasta da Economia, em janeiro de 2019. Já Campos Netto afirmou ter fechado sua empresa no exterior, a Cor Assets, no ano passado, 15 meses depois de assumir o BC. Ambos dizem ter declarado a existência das firmas em seus nomes à Receita Federal.

A legislação brasileira permite a existência de contas, empresas e negócios no exterior, desde que a origem das receitas seja lícita e tenha sido declarada à Receita Federal e ao Banco Central. No caso de Guedes, por exemplo, a existência de empresa ativa durante o seu período à frente da Economia não configura, necessariamente, conduta criminosa.

No entanto, a eventual atuação empresarial no exterior de autoridades responsáveis pela política econômica-monetária do País atentam diretamente contra o Código de Conduta da Alta Administração Federal, cuja finalidade é, dentre outros compromissos, “minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades públicas da Administração Pública Federal”.

“É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CEP (Comissão de Ética Pública) venha a especificar”, diz o Código de Conduta editado pela Presidência da República.

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Programação Especial em Homenagem ao Mês Tradicionalista

Jornalista/gilbertojasper@gmail.com

Por Gilberto Jasper: MUDANÇA DE HÁBITOS

Jornalista/[email protected] Frequento o Litoral norte do Rio Grande do Sul desde a mais tenra idade. Meu avô, Bruno Kirst, tinha uma grande casa de madeira na praia de Tramandaí, outrora conhecida como “A Capital das Praias”. Era uma época heróica perto das facilidades de hoje. O imóvel – casarão de madeira com muitos quartos – ficava perto das dunas, paisagem