As ações asiáticas fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng em Hong Kong, afetado novamente pela onda de repressão regulatória da China. Já os futuros dos EUA e o recém aberto mercado europeu, operam positivos, à medida que o risco de uma recuperação mais lenta causada pela nova variante delta, parece cada dia mais reduzido.
O índice de empresas de tecnologia chinesa listadas em Hong Kong caiu, após a notícia de que as autoridades estão tentando desmembrar a Alipay, do Ant Group. Assim, o índice Ásia-Pacífico da MSCI recuou pela terceira vez nas últimas quatro sessões.
Entre as commodities, o petróleo Brent vai subindo para cerca de US $ 73 o barril e o alumínio opera em alta.
Os rendimentos do Tesouro americano reduziram o avanço à medida que os investidores seguem avaliando as pressões dos preços e seu impacto no provável cronograma para uma redução no estímulo do Federal Reserve. A divulgação dos preços ao consumidor nos EUA esta semana, deve reascender a discussão em torno do risco inflacionário e de sua duração.
A marcha contínua da Covid-19, mesmo com a aceleração do lançamento de vacinas, está minando a confiança na recuperação econômica e contribuindo para os problemas de abastecimento que estão alimentando esta inflação. Os principais bancos centrais também estão se aproximando da redução dos estímulos concedidos ao longo de toda a pandemia, o que ainda representa riscos para os mercados.
Enquanto isso, o plano de impostos e despesas de US $ 3,5 trilhões do presidente Joe Biden enfrenta desafios. O senador democrata Joe Manchin lançou dúvidas sobre o cronograma para levar a agenda econômica de Biden ao Congresso, e as alíquotas de impostos propostas podem ser atenuadas para aumentar as chances de o pacote ser aprovado.
Por aqui, convocados por grupos de centro-direita, manifestantes foram às ruas neste domingo, em 15 capitais, pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Mas a divisão da oposição ao governo acabou esvaziando os atos organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua (VPR) e Livres.
O número de pessoas que aderiu aos protestos foi bem menor do que o contabilizado nas manifestações de 7 de Setembro, quando o presidente ameaçou o Supremo Tribunal Federal e pregou desobediência a decisões judiciais.
O maior ato foi o da Avenida Paulista, em São Paulo. De acordo com estimativa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, cerca de 6 mil pessoas compareceram à manifestação, ante 125 mil estimadas pela Polícia Militar no mesmo local no dia 7.
Foi o primeiro protesto pelo impeachment de Bolsonaro encabeçado por esses movimentos, que ganharam projeção durante a campanha pelo impedimento de Dilma Rousseff (PT) em 2016. A adesão foi além da direita, alcançou presidenciáveis do centro democrático em São Paulo, o PDT e centrais sindicais ligadas à esquerda. Principal partido de oposição, o PT ficou de fora, inspirado pelo mote original do protesto: “nem Lula, nem Bolsonaro”.