As ações asiáticas fecharam mais um dia no negativo (exceção à China), mesmo cenário verificado no recém aberto mercado europeu e nos futuros de ações dos EUA , com os investidores ainda trabalhando com a hipótese de uma recuperação econômica mais lenta e com a perspectiva de redução do estímulo dos bancos centrais em um horizonte próximo.
O indicador da Ásia-Pacífico da MSCI se aproximou de sua maior queda em três semanas, com o Japão encerrando uma prolongada sequência de altas, prejudicada pelo plano de estender a emergência sanitária em Tóquio e outras áreas.
As ações de tecnologia da China caíram depois que empresas como a gigante Tencent Holdings sofreram novas pressões regulatórias do governo chinês.
O S&P 500 recuou pelo terceiro dia durante e o Nasdaq 100 registrou a maior queda em duas semanas. Uma pesquisa do Federal Reserve sinalizou uma moderação no crescimento econômico devido à variante delta.
O recente rali que levou as ações globais a níveis recordes parece perder força à medida que os investidores aguardam mais sinais de que a reabertura econômica pode superar os desafios impostos pela variante delta. Outra preocupação é a perspectiva de redução gradual do apoio à política monetária, com destaque para a reunião do Banco Central Europeu desta quinta-feira.
Entre as commodities, o petróleo opera estável em meio a um lento retorno da produção dos EUA após a passagem do furacão Ida e o Bitcoin vai sendo negociados em torno de US $ 46.000.
Por aqui, nada é tão ruim que não possa piorar: com paralisações de caminhoneiros registradas em ao menos 13 Estados, o governo se mobilizou na noite desta quarta-feira, 8, para tentar conter os protestos. O próprio presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio e o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um vídeo para tentar desmobilizar os manifestantes.
Além dos atos a favor do presidente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuava para desbloquear os trechos de rodovias em outros três Estados onde também foram constatados “pontos de concentração”, com “pautas regionais, indígenas e de produtores locais”, mas sem ligação com o movimento dos caminhoneiros.
Na mensagem, Bolsonaro trata os caminhoneiros como “aliados” e apela para que os manifestantes desobstruam as vias porque “atrapalha nossa economia”. “Fala para os caminhoneiros aí que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Dá um toque nos caras aí para liberar. Deixa com a gente em Brasília aqui agora. Não é fácil negociar com outras autoridades, mas vamos fazer nossa parte, vamos buscar uma solução para isso”, afirma o presidente no áudio.