As ações asiáticas encerraram em alta nesta quarta-feira, enquanto os futuros de ações dos EUA e os recém aberto mercados europeus operam muito próximos da estabilidade, com os investidores ainda avaliando dados sobre recuperação econômica e os riscos do ressurgimento do coronavírus através de suas variantes.
O índice de ações da região da Ásia-Pacífico da MSCI Inc interrompeu uma sequência de quatro dias com os mercados do Japão, China e Hong Kong registrando ganhos. Os contratos futuros em Wall Street vão lutando para se manterem no terreno positivo, após o S&P 500 registrar seu maior recuo em um mês.
O dólar da Nova Zelândia foi destaque na Ásia, após decisão de seu Banco Central, de manter as taxas de juros inalteradas, sinalizando a intenção de apertar sua política monetária em breve. A decisão acompanha um novo bloqueio nacional para manter a rápida disseminação da variante delta.
Enquanto isso, o simpósio de Jackson Hole na próxima semana – a conferência anual mais importante do Fed – pode oferecer pistas sobre quando e como o banco central americano reduzirá suas compras de títulos.
Somando-se a alguns dados recentes, as vendas no varejo dos Estados Unidos caíram em julho mais do que o previsto, refletindo uma mudança constante nos gastos com serviços e indicando que os consumidores podem estar se preocupando mais com os preços à medida que a inflação aumenta.
Na terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que a pandemia “ainda está lançando uma sombra sobre a atividade econômica”, mas não discutiu as perspectivas para a política monetária ou fez comentários específicos sobre o crescimento e os riscos da variante delta.
Por aqui, pela terceira vez, a reforma do Imposto de Renda foi retirada do debate do plenário da Câmara, após mobilização de líderes do centro, oposição e até do governo preocupados com o impacto do texto do deputado Celso Sabino (PSDB-PA) para Estados e municípios.
Um pedido de retirada de pauta foi aprovado pelo placar de 399 votos a favor e 99 contra.
“Na dúvida, se há ou não perda para os municípios, nós vamos concordar com a fala do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e a oposição que pediram mais tempo para estudar o texto”, disse o líder do governo Ricardo Barros (PP-PR).
As concessões sinalizadas pelo governo para destravar a votação do projeto do Imposto de Renda estão saindo caro na avaliação de integrantes da ala mais fiscalista do Ministério da Economia. Nas palavras de um integrante da equipe, “a reforma já não se paga há muito tempo”. Outra fonte chega a celebrar a “disputa” por benesses porque, em meio à briga, nada é votado e tudo fica como está hoje, sem maiores catástrofes para as contas da União.