dom, 7 de setembro de 2025

Variedades Digital | 06 e 07.09.25

Militar uruguaio condenado na Itália continua morando em Livramento

Antonio Narbondo ganhou o noticiário internacional, nessa semana, após uma reportagem publicada em Porto Alegre, na Argentina e na Itália

O militar da reserva Pedro Antonio Mato Narbondo, de 79 anos, condenado à prisão perpétua por homicídio doloso pela justiça italiana, que ganhou os noticiários mundiais, nessa semana, por estar em liberdade aqui no Brasil, continua em Sant’Ana do Livramento. Na Itália, Narbondo, foi condenado à prisão perpétua pelo envolvimento na morte dos quatro militantes ítalo-uruguaios Bernardo Arnone Hernández, Gerardo Gatti, Juan Pablo Recagno Ibarburu e María Emilia Islas Gatti de Zaffaroni, durante uma campanha de repressão política envolvendo assassinato de opositores de ditaduras do Cone Sul. O processo contra o militar aconteceu na Itália porque as vítimas são de lá.
A Plateia procurou Narbondo, mas ele preferiu não dar entrevista. Ele apenas conversou de maneira cordial com a equipe de repórteres, na porta de sua casa, quando disse que vive em Livramento, desde 2003, depois de fazer o seu registro como brasileiro nato, por sua mãe ter a mesma nacionalidade, o que impede o Brasil de extraditá-lo para cumprir pena em outro país.
O coronel afirma que se trata de um processo de natureza política. Para a docente do curso de Direito da Unipampa, doutora em Relações Internacionais, Carmela Cavalheiro, a tipificação depende. “Tem que ser avaliado pela corte suprema de um país”, afirmou.
Segundo o advogado de Narbondo, Julio Favero, o seu cliente nunca se declarou culpado. “O coronel sempre se declarou inocente, pois todos esses julgamentos são de cunho político. Não há nenhuma prova documental que o vincule de forma clara em crimes de tortura, ele está vinculado à uma cadeia de mando”, afirma.

Oposição alerta: Brasil não é Irã e não pode seguir rumo à corrida nuclear

A Oposição recebe com enorme preocupação e indignação a declaração feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que o Brasil “pode precisar de defesa nuclear, caso o mundo continue como está”. O Brasil é signatário do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e, ao longo de décadas, construiu uma posição internacional sólida de utilizar a energia