seg, 2 de dezembro de 2024

Variedades Digital | 23 e 24.11.24

COMO FICA O TAL DE ESPÍRITO OLÍMPICO?

Buenas!, 

 

Não sei vocês, mas da minha parte, ainda encontro-me dominado pelo espírito olímpico. Tentei, juro, mas não consegui pensar em nenhuma temática que superasse os acontecimentos que surgem doze horas à frente de nosso tempo, lá no reino tão, tão distante do Japão. Por óbvio não consigo ficar acordado madrugada adentro, foi-se o tempo. Contudo, mal abro os olhos, já busco informações sobre os jogos olímpicos. 

Não quero começar pelos vitoriosos, darei atenção aos derrotados. Além do vôlei, que citei na última semana que, infelizmente, caiu para os gigantes que vieram de além do Cáucaso e para os hermanos portenhos, tivemos a queda metafórica da Simone Biles, a ginasta americana de quem tanto brilho se esperava. Após a aposentadoria do imbatível Michael Phelps, esperava-se que ela assumisse o trono de multicampeã, afinal, na Rio 2016, ela ganhou cinco medalhas, sendo quatro de ouro. Detentora de cinco campeonatos mundiais, só não ganhou no ano passado, porque a pandemia impediu a realização do campeonato. Pelo visto, não foi só isto.  

Para quem não está acompanhando os jogos por desgosto da coisa ou falta de internet, ela desistiu de participar de diversas provas em que era favorita absoluta. Alegou que precisava preservar sua “saúde mental”. Aí lhes pergunto: foi somente a carga excessiva de treinos, que ela enfrenta desde criança, ou foi, de alguma maneira, o tsunami da covid-19? Muitos criticaram, pois uma atleta multi-campeã e que já ganhou tudo, com a vida financeira encaminhada aos 24 anos de idade, fica fácil desistir. Faltou-lhe espírito olímpico, gritaram os mais afoitos. O que seria isto?, pergunta-me um leitor pouco afeito aos esportes. 

Vou lhes avivar a memória, afinal, nem todos sabem de onde veio a festa que acontece a cada quatro anos – cinco, neste caso, devido ao vírus que já ocupou muito de nossas vidas e de meus escritos. Sei que o google resolveria seus problemas, mas falta-lhe um tanto de pessoalidade, diria mais, da minha ímpar pessoalização. Sigamos. 

No século VIII a.C., os gregos definiram que a cada quatro anos promoveriam jogos para celebrar uma trégua entre as constantes guerras entre as cidades-estados que compunham a frágil união daqueles tempos. O compromisso perdurou por quase mil anos, de tão sagrado. Competiam os mais rápidos, fortes e belos guerreiros. Esses pré-requisitos não eram mero capricho, mas sim, porque a maioria das provas eram disputadas com os corpos desnudos, que eram muito apreciados pela torcida que lotava o “stadium”, onde as disputas eram realizadasOs vencedores ganhavam uma coroa de louros – uma espécie de erva – e a glória eterna, tendo seus nomes gravados em pedra. Muitos tiveram estátuas erigidas em sua homenagem, tal a grandeza que representavam em suas cidades. 

Entregavam não só seu suor, muitas vezes, a vida. Contam as lendas que a maratona surgiu após um soldado percorrer mais de 42 km para comunicar ao rei, em Atenas, a vitória na batalha de Maratona. Ele morreu após dar a notícia ao magnânimo. A carga foi excessiva para ele, como ainda o é, ao menos sob minha ótica. Admiro quem disputa maratonas e provas de triathlon, mas não compreendo como conseguem superar tanto esforço e por tanto tempo. 

Aliás, será que este não pode ter sido um dos principais motivos que abalou a Biles? Já ganhou tudo, dinheiro não lhe faltará na vida de souber administrar. Aliado a isso, há os treinos extenuantes e as cobranças por vitórias, e os atípicos últimos tempos que assolam quase toda a humanidade. Esse somatório poderia derrubar qualquer um do cavalo – para usar uma metáfora esportiva – não é? 

Porém, usando um exemplo vitorioso, temos a brasileira Rebeca Andrade, que ganhou a primeira medalha brasileira e latino-americana na ginástica olímpica feminina. Uma menina negra, filha de mãe humilde e pobre, sem acesso aos avançados centros de treinamentos do primeiro mundo. Ela superou suas adversidades e foi além do esperado, com duas medalhas. Ou seja, não se entregou, como a americana fez nesta edição dos jogos. 

Poderia citar tantos outros que foram além do esperado, mas vou ficar somente com os primeiros brasileiros a ganhar medalha de ouro. Em 1920, Guilherme Paraense disputou o tiro esportivo. Sem qualquer patrocínio, pagou suas despesas de viagem, teve suas armas furtadas, atirou com pistolas emprestadas e, mesmo assim, ganhou a disputa.  

Queria citar tantos outros atletas como representantes do espírito olímpico, como Jesse Owens e João do Pulo, mas não tenho linhas o suficiente para todos eles. O que posso dizer é que, ir além do esperado, superar suas marcas pessoais e coletivas, são atitudes que tornam este evento a mais grandiosa das atividades esportivas há milênios.  

Não fosse o barão de Coubertin resgatar a ideia de congregar os povos e reacender a chama olímpica na Grécia – onde foram realizados os primeiros jogos da modernidade, em 1896 -, hoje não estaria eu confessando a vocês que sim, muitas vezes vou às lágrimas quando vejo uma vitória, principalmente quando atrás de toda medalha ou participação, há uma história de superação. Sei que é piegas, mas não há como negar que os jogos, muitos deles só vistos neste evento, tudo isto mexe comigo. 

Dizer que algum atleta vez ou outra perde o fogo do espírito olímpico não é uma inverdade. Porém, vislumbrar o fogo brilhando no olhar de quem busca a vitória, mesmo quando ela não vem, de quem abandonou a zona de conforto e treina à exaustão, superando dores, cirurgias e, inclusive, derrotas, pois elas fazem parte do que é o espírito olímpico que tanto orgulha não só um atleta, mas também um embevecido torcedor atirado em seu sofá… 

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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