qui, 10 de outubro de 2024

Variedades Digital | 05 e 06.10.24

Morning Call: futuros em NY operam estáveis em dia de payroll

As ações europeias operam em baixa, enquanto os futuros em Nova York flutuam próximos da estabilidade, com todos os importantes dados da folha de pagamento dos EUA definidos para ocupar o centro dos holofotes nesta sexta-feira, depois de uma semana movimentada de lucros que empurrou as ações novamente para suas máximas históricas.

O índice Stoxx Europe 600 abriu ligeiramente em baixa, com a maioria dos setores da indústria no vermelho. Empresas de cuidados pessoais, medicamentos e consumo em geral, lideraram o declínio, já que a HelloFresh despencou mais de 8% depois que a empresa de serviços de alimentação online apresentou resultados decepcionantes. Resultados mais otimistas, como da Allianz SE e do London Stock Exchange Group ajudaram a compensar parte das perdas.

A maioria das ações asiáticas caiu, com os investidores pesando a disseminação da variante delta, contra o fechamento em alta recorde de Wall Street. As ações caíram na China, onde a repressão regulatória de Pequim e um alerta sobre uma possível espiral de queda no China Evergrande Group – o desenvolvedor mais endividado do mundo – foram os destaques.

Dados fracos do payroll podem exacerbar as preocupações de que a recuperação da pandemia esteja perdendo força. Em contrapartida, um número robusto pode amenizar o receio de uma reflação vinculada à reabertura econômica – desde que os mercados não se assustem com o argumento de que tais dados fortalecem o caso para o Fed reduzir suas compras de títulos.

O petróleo bruto teve uma de suas maiores perdas semanais no ano em virtude dos riscos trazidos pela variante delta. Os últimos comentários do Fed, pelo membro Christopher Waller, vieram na direção otimista sobre estas perspectivas, além de sinalizar que a política acomodatícia pode ser retirada mais cedo do que algumas pessoas esperam. O presidente de Minneapolis, Neel Kashkari, espera um mercado de trabalho forte no outono, mas também sinalizou os riscos da variante delta.

Por aqui, a comissão especial da Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta quinta-feira, 5, proposta para adoção do voto impresso pelas urnas eletrônicas, em uma importante derrota para o presidente Jair Bolsonaro.

Por 23 votos a 11, o colegiado decidiu se posicionar contrariamente ao parecer do relator Filipe Barros (PSL-PR), mesmo ele tendo apresentado na véspera um substitutivo com alterações à proposta a fim de angariar apoio.

Um acordo para acelerar a votação da proposta foi acertado por dirigentes partidários em meio à escalada da tensão entre Bolsonaro e a cúpula do Poder Judiciário, em especial o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre o voto impresso.
Sob ameaças de não haver eleições, Bolsonaro acusou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, de interferir nas discussões da Câmara para evitar a aprovação da proposta.

Apesar da rejeição pela comissão, mais cedo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a proposta de adoção do voto impresso poderia ser votada pelo plenário da Casa mesmo se fosse rejeitada pelo colegiado. “As comissões especiais não são terminativas, são opinativas, então sugerem o texto, mas qualquer recurso ao plenário pode ser feito”, pontuou.