Tenente-Coronel Zucco
Deputado Estadual/PSL
Ainda faltam 15 meses até as eleições municipais de 2022, mas o tema já domina os noticiários e bate-papos presenciais ou através das redes sociais. A cada dois anos o eleitor tem oportunidade de manifestar suas preferências ao eleger as lideranças que comandarão as comunidades de todo país.
O voto é um dos pilares da democracia e movimenta uma gigantesca engrenagem com milhares de servidores da Justiça Eleitoral, além de voluntários e convocados. É a culminância de uma conquista que não chegou a todos os países onde a “força do pensamento único” impera, impedindo a livre escolha pelas urnas.
Um dos princípios consagrados pela Constituição de 1988 celebra o respeito às normas e instituições. A independência e a harmonia entre os poderes constituídos permite o equilíbrio necessário para regular, através do que se consagrou chamar de “pesos e contrapesos”, o impeditivo para excessos e ingerência entre os entes.
A possibilidade de manifestar qualquer opinião – por mais estapafúrdia que seja – consagrou enorme importância às redes sociais. Se por um lado permitem acesso a todo tipo de informação também multiplicou as fake news.
As guerrilhas virtuais não poupam instituições e autoridades achacadas com a destruição de biografias inatacáveis. “Vai te queixar na Justiça!”, bradam os detratores, insensíveis ao desgaste moral das vítimas em processos que tramitam anos, décadas.
A onipresença tecnológica viabilizou avanços que consolidaram a democracia, além de impor transparência às instituições e massificação da informação. Em pleno século 21, no entanto, estamos diante do desafio da sabotagem da verdade com o emprego de estratégias de manipulação.
No pleito de 2018 e na eleição do ano passado, a Justiça Eleitoral desdobrou-se na caça aos autores de conteúdos mentirosos postados nas redes sociais. Pelo nível potencializado de beligerância digital é fácil prever a dificuldade das autoridades que fiscalizam a disputa eleitoral.
Hackers e outros piratas tecnológicos já deram provas da capacidade de invadir, capturar e disseminar informações confidenciais (ou manipuladas) que lhes convém. A segurança, mais do que nunca, será preceito fundamental para assegurar a lisura do voto, o mais reluzente sinônimo de democracia.