seg, 24 de março de 2025

Variedades Digital | 22 e 23.03.25

Opinião: Como nos velhos tempos

Acordei domingo com surpresas. Além do frio de rachar, o celular congelou, “deu pau”, sequer ligou. Reação inicial foi de estresse, apesar de ser um “inútil”. Mas jornalistas desconhecem esta máxima e, cá entre nós: nesta pandemia todos os trabalhadores foram condenados a permanecer “online” sempre.

Restou adaptar a rotina através da leitura de jornais regada a chimarrão perfeito para a manhã gelada. Tudo embalado por músicas dos anos 70/80 e algumas românticas para acalmar a ansiedade. Minha preocupação era comunicar colegas e o “patrão” de que não estava hibernando. Para isso, esperei minha filha acordar para tomar as devidas providências.

Recordei como eram os domingos de infância na colônia. Meu pai levantava cedo até quando estava na praia. Tudo bem… não fosse a mania de arrastar móveis ou assoviar alto até que alguém acordasse para fazer companhia. Sempre era a minha mãe a “vítima”, parceira para cevar um “chimas” e compartilhar a cuia.

O almoço era momento sagrado de conversas que eram uma resenha da semana que passara e do que estava projeto para os próximos dias. O pós-meio-dia era de silêncio absoluto para a sagrada sesta do velho Giba, hábito que fui obrigado a compartilhar quando piá.

No século 21 o confinamento e a tecnologia transformaram rotinas. Com cuidado retomei o hábito de ir a restaurantes. Domingo passado fiquei pasmo com uma família que comemorava os 90 anos da matriarca em uma casa de massas. Oito pessoas ignoraram a homenageada, a única que não manuseava um smarphone para curtir vídeos e fotos. Foram 15 minutos em que ela foi ignorada pelos “parentes tecnológicos”.

Não tenho autoridade alguma para criticar esta atitude. Com frequência me flagro agindo da mesma maneira, parece um hábito contagioso. Li que as pessoas, em média, consultam de 200 a 300 vezes o celular por dia. Achei um absurdo, mas passei a observar minha rotina e concluí que o estudo corresponde à realidade moderna da onipresença tecnológica.

O domingo será de leitura, música e futebol. Como nos velhos tempos! Findo esta lacuna sabática segunda-feira este “escrevedor de histórias” precisa acordar cedo para buscar um “pronto-socorro de celulares”. Com rapidez, preciso retomar a “vida normal”!

Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]

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