sáb, 14 de junho de 2025

Variedades Digital | 14 e 15.06.25

Educar é para poucos

Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]

A tarefa mais difícil do mundo é criar filhos. Sou pai de um casal de jovens adultos. A proximidade das idades foi um sufoco quando eles eram pequenos. Para sair de casa era preciso pôr em prática uma logística cansativa. Mesmo com toda atenção e um “check list” sempre esquecíamos alguma coisa.
É redundante dizer que o mundo mudou demais. E com muita rapidez. O uso massivo da tecnologia, principalmente o celular, transformou a vida dos pais num inferno, especialmente aqueles que têm filhos adolescentes. Eu não teria estrutura física e emocional para educar uma criança na atual conjuntura.
Generalizar é sempre injusto, mas fico boquiaberto com a legião de jovens e crianças que desconhecem limites. São incapazes de conviver com frustrações ou negativas. Tornam-se revoltados já na mais tenra idade, impondo suas vontades, custe o que custar, vivendo em permanente conflito co que os contraria.
O acesso irrestrito a todo tipo de conteúdo através da internet se agrava pelo comportamento omisso dos próprios adultos. Ligar a tevê é temerário com os “pitocos” por perto. Violência, sexo explícito às três horas da tarde e cenas com personagens que praticam crimes e se dão bem estão sempre na telinha.
Ensinar as crianças a dizer a verdade, não mentir e não se apoderar de coisas alheias soa piegas. É tão ingênuo quanto tentar ensinar as chamadas “palavrinhas mágicas”: obrigado, desculpe, por favor, com licença. Hoje são expressões pouco usuais.
A inversão de valores fez com que roubar e enganar e “se dar bem” é exemplo de inteligência. A Operação Lava-Jato desvendou o maior escândalo de corrupção do mundo. Isso mesmo… do mundo! E o que vemos agora? Todos foram perdoados, inclusive aqueles condenados em três instâncias em processos que tramitaram por mais de cinco anos.
Sob a égide de que “notícia ruim vende mais”, parte da mídia explora tragédias, escândalos e conteúdos depressivos. Chamam de “jornalismo cor-de-rosa” dedicar divulgar experiências exitosas, personagens solidários e que são exemplos a serem seguidos.
Educar filhos exige coerência, energia e servir, sempre, exemplo. É preciso mostrar que os maus comportamentos devem ser condenados. Apesar dos perigos e desafios, ser pai/mãe é única é uma tarefa gratificante, compensadora e indescritível.

A diplomacia do governo Lula III segue, ao galope, se distanciando do espírito da civilização ocidental e dos valores democráticos. Ao atacar Israel e defender o regime tirânico do Irã, “O VIAJANTE” mostra que abriu mão definitivamente da racionalidade e que em verdade admira, sem pudores, as autocracias que ameaçam todo nosso modo de viver e pensar.

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