O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS) afirmou, nesta segunda-feira (12), que o ritmo da vacinação contra a Covid-19, no Estado, é bom. Segundo Maneco Hassen, o RS é o estado que mais vacinou na proporção da população: até hoje, em torno de 15% da população gaúcha recebeu ao menos a primeira dose do imunizante.
“Isso demonstra toda a capacidade e compromisso dos municípios e especialmente das equipes de saúde, dos profissionais que estão na linha de frente nos postos de saúde de cada cidade do Rio Grande do Sul, fazendo todo o esforço para que o processo ocorra de melhor maneira possível e da forma mais rápida o possível”, comentou Maneco, porém, mesmo com a boa notícia sobre o andamento da imunização no estado, ele expressou preocupação com o ritmo lendo da vacinação no resto do país.
“São quase 90 dias de vacinação e a capacidade dos municípios brasileiros e gaúchos é muito maior do que agora. Municípios chegaram a ficar de dois a três dias sem doses para aplicar na população, e isto deve se repetir essa semana vendo que a nova leva de doses enviadas para o estado foi pequena comparada a necessidade dos postos de saúde”, afirmou o presidente da Famurs.
“Ficar mais um ano e meio nessa situação, neste abre e fecha, nesta impossibilidade de realizar as atividades que todos nós gostaríamos e, especialmente vendo milhares e milhares de pessoas falecerem todos os dias, é preciso cobrar e reivindicar mais vacinas em maior quantidade e com maior rapidez”, afirmou Maneco.
COMPRA DE VACINAS
Mesmo com a Famurs tento organizada a situação jurídica e financeira de todos os municípios do Rio Grande do Sul e iniciado negociações e tratativas com laboratórios para a compra da vacina, o presidente acabou ficando de mãos atadas. Segundo Maneco, o Governo Federal deixou muito claro que se qualquer município do estado ou do país comprar diretamente das vacinas, as doses do imunizante serão confiscadas e posteriormente elas serão incluídas no Plano Nacional de Vacinação. “O mesmo Governo que não compra é o mesmo Governo que não acelera o processo de produção aqui no Brasil, através da busca de mais insumos para o Butantã e para a Fiocruz é também o mesmo Governo, que não permite os municípios e Estados fazerem a aquisição direta”, afirmou Maneco.