O juiz federal Lucas Fernandes Calixto, substituto da 1ª Vara Federal de Pelotas, suspendeu, na noite de terça-feira (30), a realização do leilão do estádio João Martins, do Esporte Clube 14 de Julho. Entre os argumentos, está o tombamento histórico e cultural, realizado em 2016 quando o estádio também estava prestes a ir a leilão.
Além disso, o valor estimado para o leilão da sede do clube também entrou na justificativa. “Na espécie trazida aos autos, contudo, tenho que a grande discrepância entre as avaliações, aliado ao caráter social que executa a devedora no imóvel aprazado para alienação judicial, justifica o atendimento do pedido de suspensão do leilão, uma vez que o Oficial de Justiça avaliou o imóvel em R$ 5,294 milhões, enquanto que a executada defende que o bem está avaliado, pelo menos, em 12 milhões, segundo três diferentes laudos que juntou”.
Agora, com o leilão suspenso, o juiz dá um prazo de 15 dias para a apresentação da matrícula atualizada do estádio na justiça, sob pena de prosseguimento do leilão. O recurso da direção do 14 foi feito pelo advogado do clube, Jaider Correa, com a colaboração do advogado e vereador Gilbert Gisler, o Xepa. Mesmo com a vitória, Jaider faz um alerta: “Com relação às dívidas totais do 14, passa de R$ 1,5 milhão: são R$ 435 mil, mais agregados, mais as ações trabalhistas. É uma dívida pagável, mas precisamos de muita colaboração. Nós suspendemos agora, mas vai voltar se a população santanense não se unir”.