Com a colheita do arroz apenas começando no município, as projeções são bastante favoreis a uma safra dentro da normalidade e com boa produtividade. Segundo o engenheiro agrônomo responsável pelo 30º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz ) Lafayette Xavier, a estimativa de produtividade até agora é de 8.500kg por hectare. O que se enquadra em um cenário bastante positivo.
A colheita no município iniciou no dia 16 de fevereiro na região do Cerro da Cruz e até agora foram colhidos 10% dos 8.072 mil hectares de arroz plantados.
A boa produtividade das lavouras segundo o engenheiro agrônomo passa por alguns fatores, como a semeadura no tempo certo com clima favorável (no cedo) e aplicação de manejo correto. – A previsão para essa Safra 2020/2021 é de preço dentro da média. Mas a suba de insumos vai impactar o bolso dos produtores. Isso nos causa uma certa preocupação. Porque fica a pergunta será que o produtor que estava precisando renda, teve tempo de reunir os recursos? E viabilizar a plantação. Hoje temos um Preço girando em torno de R$82,00 a R$87,00 a seca, com descontos – Dentro do que a gente tinha de realidade a algumas safras atrás. Esse valor é positivo. Mas dentro do que a gente já está desenhando por conta do aumento dos insumos é um pouco preocupante.
Sobre a possibilidade de um aumento de área plantada, o engenheiro agrônomo diz comenta que o município tem capacidade de expansão além de uma retomada da atividade. – Conversando com os produtores mais antigos aqui da cidade eles comentam que já tivemos em torno de 13 mil hectares de arroz plantado. É possível expandir? Sim. Porque essas áreas não sumiram e podem muito bem serem exploradas novamente. Assim como a criação de outras lavouras. Neste caso um ponto negativo que a tem é a questão da nossa estrutura de estradas do município. Nós conhecemos áreas que são muito interessantes para uma formação de lavoura de arroz, que possuem todas as condições como água disponível, com fertilidade, mas que não tem acesso. Então não adianta vir um investidor de fora ou até alguém aqui do município mesmo e querer expandir a área. E nós não termos como escoar a produção. Esse é um entrave. Esperamos que essa condição melhore algum dia.
Lafayette ainda diz que necessário que a população que muita vez olha somente o preço final nas prateleiras, entenda que há muitos anos a classe arrozeira vem desvalorizada recebendo valores abaixo do ideal e que o leve aumento de preços significada uma melhor remuneração para o homem do campo.
