qui, 10 de julho de 2025

Variedades Digital | 05 e 06.07.25

Menos tecnologia, mais humanidade

Gilberto Jasper
Jornalista/[email protected]

Nunca tivemos tanta liberdade de expressão e ao mesmo tempo nunca tivemos tantas “patrulhas” prontas – sempre! – a criticar, agredir, ofender e propagar interpretações distorcidas para acusar desafetos. Sou jornalista há mais de 40 anos. Passei por muitas mudanças e modismos que pautaram a maneira de julgar os outros> Confesso, todavia, meu desalento com os rumos da vida.
Diferenças de opinião aperfeiçoam a democracia, melhoram a vida, nos fazem crescer como seres humanos. Isso, no entanto, não é o que acontece. Pelo contrário. A judicialiação do cotidiano permite reparar injustiças, mas transformou em rotina uma frase repetida à exaustão com imensos prejuízos morais:
– Não gostou? Ficou brabinho? Então entra na Justiça!
Ofensas graves que comprometem a vida pregressa ou profissional de milhões de pessoas são jogadas nas redes sociais todos os dias. Os agredidos perdem tempo e dinheiro para repor a verdade. Quando isso acontece, passaram-se meses, anos, enquanto as vitimas sangram em público. A Justiça, abarrotada de processos e movida por legislações ultrapassadas, é incapaz de evitar as distorções típicas de uma sociedade doente, agressiva que ignora a boa educação.
Diz-se que a internet não aumentou o número de idiotas, apenas os revelou ao mundo. O detalhe fundamental é que antes da onipresença da tecnologia as ofensas assacadas contras os inimigos se restringiam a fofocas disseminadas encontros sociais ou, vez por outra, em entrevistas que serviam como prova para instruir os processos.
Hoje, em minutos, o mundo toma conhecimento de fake news sobre pretensos deslizes morais cometidos. São desmentidos anos depois. Escola de Base (São Paulo), escândalos com o então ministro Alceni Guerra são exemplos notórios de uma época sem redes sociais. Mas programas como “Fantástico” ajudaram a turbinar graves acusações infundas que sepultaram biografias e reputações. E o que aconteceu com os responsáveis? Indenizações financeiras compensam ser apontado na rua como corrupto, abusador de crianças ou ladrão do dinheiro público?
O que vemos hoje em termos de comunicação é uma praxe que ignora a inteligência do público. Assistimos a notícias apurada e que já em prontas, julgadas, quase sempre sem contraponto ou direito de defesa. São teses vendidas como informação para atender a interesses conhecidos. Alguns colegas de profissão investigam, julgam, dão o veredito e aplicam a pena que se constitui na execração pública nem sempre comprovada depois nos tribunais.
O entretenimento levou a notícia séria ao fundo do poço. Tudo vira piada, “meme” e manipulações tecnológicas que ofendem, machucam e jamais terão reparo. O excesso de tecnologia transformou o aspecto humano em mero detalhe retórico.

Na vida, para cada ato há sempre uma consequência, não reside dúvida nessa estoica verdade

Na vida, para cada ato há sempre uma consequência, não reside dúvida nessa estoica verdade. Então é inadmissível que o governo Lula possa ter a pachorra de dizer que foram pegos de surpresa… Ora, o Brasil não tem uma embaixada nos EUA? O Brasil não tem uma ABIN? Em verdade, o Brasil do governo Lula III, conspirou abertamente contra o

General Hamilton Mourão através do Instagram

O vídeo divulgado pelas redes oficiais do governo Lula, em que áreas da Ucrânia são anexadas à Rússia, viola por completo o equilíbrio que sempre pautou a diplomacia brasileira. O conteúdo deixa claro como o governo de turno “enxerga” as relações internacionais. Alguém deve alertar o presidente Lula da máxima: um país não tem amigos, mas interesses.