sex, 5 de setembro de 2025

Variedades Digital | 30 e 31.08.25

OS INVISÍVEIS DIANTE DE NÓS

Buenas,

 

Recentemente assisti a um filme chamado “O Homem invisível”, uma refilmagem de um clássico de 1933. Talvez lembrem ao menos de uma cena, em que o cientista para ser visto, precisa ficar enfaixado, usando um óculos de sol, para não parecer uma múmia.

O Filme é baseado no livro de mesmo nome do escritor britânico H. G. Wells, publicado em 1897. Esse autor também não lhes será estranho, pois também escreveu “A guerra dos mundos” e a “A máquina do tempo”, para citar obras de ficção científica do final do século XIX que compõem o imaginário de qualquer um que goste de livros ou cinema.

Após o filme, pensei nas imensas possibilidades que o poder de ficar invisível poderia me proporcionar. Será que usaria esse poder com responsabilidade, como recomendou o tio Ben ao neófito Peter Parker, antes dele tornar-se o espetacular Homem Aranha? Ou iria me aproveitar para momentos, digamos, diferenciados?

Nisso lembrei-me de mais uma referência cinematográfica – hoje elas estão tomando conta dessa crônica, aproveitem as sugestões! Na série “The boys”, onde os heróis, são bastante irresponsáveis, para dizer o mínimo, um deles pode ficar invisível e usa de sua capacidade para apreciar as mulheres no banheiro feminino, claro, sem o conhecimento delas. Detalhe sórdido: ele sempre fica nu quando está invisível…

Pensando nisso e nas implicâncias de passar despercebido por todos, notei uma coisa interessante. Muitas pessoas já são invisíveis para a maioria da sociedade. E o número delas só fez aumentar nesse ano tão complicado na vida de todo mundo…

Mais fácil dar um exemplo do que teorizar, não é? Pois estava eu não sinaleira, que é como chamamos aqui no sul o famoso semáforo, aqueles com três luzes coloridas que regulam o ir e vir das cidades grandes. Eis que, após um tempo pensando na vida e prestando atenção no que o rádio me dizia, notei um senhor que segurava um cartaz diante de mim. Algo deveras corriqueiro que piorou nesse ano da chamada pandemia.

Eu lembrava de ter passado por ele antes, porém, nunca tinha notado que ele tinha um braço mais curto que o outro, o que dificultava para ele segurar o cartaz acima da cabeça. Menos ainda, havia lido o que estava escrito nesse cartaz, que ele estava desempregado, que tinha filhos, precisava de ajuda, qualquer ajuda, etc. Ou seja, eu já o tinha visto, mas nunca notara aquele homem.

Olhar não é o mesmo que ver, dissera um pensador. Ao ver aquele senhor, sua necessidade e suas peculiaridades, obriguei-me a sair de meu casulo protetor, que é o carro fechado, o rádio ligado, imerso em meus problemas e ignorando o mundo em minha volta.

E com vocês, não acontece de se sentirem um tanto constrangidos quando abordados por não darem nenhum dinheiro? Não costumo carregar dinheiro, nem moedas, faço todos meus pagamentos, quando possível, com o cartão de crédito, para evitar me perder nas contas. Alguns chegam a me olhar com indignação, como se tivesse obrigação de ajudar.

Aliás, nem sempre é não poder, muitas vezes é não querer. Afinal, se eles ganham dinheiro hoje, porque amanhã ele irá buscar emprego, se pode voltar a vir aqui, nesse mesmo local, que poderá ganhar algum vintém novamente? Diversas reportagens televisivas apresentaram flagrantes de pessoas que fingiam ser pobres ou deficientes físicos. Pais chegaram ao ponto de alugar seus filhos para eles pedirem dinheiro aos transeuntes, enquanto eles ficavam sentados, bem confortáveis.

Um dilema bastante incômodo esse, mas que temos de saber quando podemos e quando não devemos ajudar, ao invés de só fingir que eles não existem, que são invisíveis.

Dia destes prestei atenção em outro desses invisíveis. Ele não pedia, ele vendia pacotes rosas contendo pipocas adocicadas, que adoro desde criança. Era uma promoção, deveria pagar uns seis reais, mas o senhor foi tão simpático, que entreguei as duas notas de cinco para ele. Ele agradeceu com tanta ênfase que fiquei a olhar aquele senhor outrora invisível pelo retrovisor e pude ver que ele levantava as mãos aos céus, agradecendo a minha benevolência.

Não fiquei mais pobre por essa ajuda. Porém, confesso que fiquei mais feliz com o quanto deixei àquele homem humilde agradecido pela minha atitude. Quer dizer, ele agradeceu ao Deus dele, que pode até ter desviado meu caminho por aquele trajeto, mas que permitiu a mim o direito ao livre arbítrio para decidir ajudar aquele homem que não estava só a pedir de forma translúcida, mas estava visível para mim ao tentar vender um produto, ao realizar um trabalho que, mesmo de forma precária, era feito com simpatia e de maneira honesta.

Além de assistir a muitas séries, filmes e ler livros que recomendei lá no início do texto, sugiro não só “olhar” àqueles que nos cercam, mesmo que eles não estejam enrolados em faixas, como o personagem do filme de 1933, mas também os “ver”. Talvez, com isso, possamos melhorar, nem que seja um pouco, o dia daqueles que surgem alegres em nossos retrovisores!

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