qui, 1 de maio de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Número de faltas em aulas remotas preocupa diretores de escolas

Foto: Marcelo Pinto/AP

Desde o primeiro caso positivo de Coronavírus em Sant’Ana do Livramento, registrado em março deste ano, já se passaram 218 dias. Entre outras mudanças, um setor que sofreu grandes impactos com a pandemia foi a Educação. Tão logo os casos foram aumentando, as aulas foram suspensas na rede pública e particular. Após muita discussão sobre encerrar o ano letivo ou não, ficou definido que as aulas seriam ministradas de forma remota.
Entretanto, o tema parecia ainda não ter se esgotado. Com a sugestão de que as aulas continuassem online, além da dúvida a respeito da plataforma que seria utilizada, também surgiu a discussão a respeito de como os alunos que não possuem acesso à redes sociais ou a aparelhos eletrônicos participariam das atividades. A solução encontrada foi o fornecimento dos conteúdos impressos por parte de cada escola.
A partir daí, até pouco tempo, as aulas e os conteúdos foram ministrados de forma normal. Acontece que atualmente, ao realizar o fechamento das avaliações de cada aluno, as equipes pedagógicas detectaram um número bastante alto nas faltas e também na lista de alunos que não entregaram os exercícios propostos. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Vitélio Gazapina, que conta com 544 estudantes matriculados, a estimativa é de que 30% a 40% desse número esteja infrequente ou com as atividades atrasadas.
A diretora do colégio, Ida Larruscain, diz que a equipe entende que o momento é delicado, mas acha importante a participação dos pais no processo de educação. “Temos que fazer o controle periódico do acompanhamento dos nossos alunos. Nós estamos percebendo, neste segundo período do ano, um distanciamento dos alunos com as entregas das atividades. Então, nós preferimos sempre ouvir as famílias para saber o que está acontecendo. […] Nós acionamos para saber no que a escola pode ajudar neste momento porque todos nós estamos na mesma situação”. Ida também complementou dizendo que, nestes casos, é possível acionar o Conselho Tutelar, mas que, em um primeiro momento, a direção e os professores fazem o possível para entrar em contato com os alunos.
Os altos números também fizeram com que o Governo do Estado optasse por autorizar o retorno às aulas presenciais, como informou a Coordenadora da 19ª Coordenadoria Regional de Educação, Ana Alice Campagnaro. “(O Governo acredita que) seria o momento para o retorno porque existe um índice muito baixo de alunos que estão realizando ou frequentando as aulas desse modelo híbrido, seja ele pela plataforma ou seja através das atividades físicas […] conforme cada escola se organizou. Essa permissão para o retorno era para resgatar os alunos e eles não terem tanto prejuízo na parte pedagógica de ensino”.

Francisca Harden

No coração da segurança pública, uma mãe que inspira e protege dentro e fora de casa