A importância do diagnóstico precoce no câncer de mama

A Pandemia por SARS-CoV-2 centralizou a atenção no vírus da Covid-19 a nível mundial, causando distanciamento social, desestabilização financeira, foco médico e preventivo no vírus, o que acarretou distanciamento do autocuidado em relação à outros agravos de saúde. O câncer de mama é responsável por altas taxas de incidência e letalidade no Brasil e no mundo. Seu sintoma mais conhecido é o nódulo detectado através do auto exame das mamas, exame clínico e ainda exame de mamografia para mulheres na faixa etária acima dos 40 anos, configurando idade de risco a partir dos 50 anos. Outros sintomas como nódulos na axila, alterações na pele, inchaço, dor ou inversão do mamilo, vermelhidão ou descamação do mamilo ou do tecido mamário também são elencados.

Com o distanciamento dos exames diagnósticos durante a pandemia, salienta-se o autoexame como um aliado importante que pode ser realizado pelas mulheres. Os principais fatores de risco devem ser frisados como hereditariedade, tabagismo, alcoolismo, uso de hormônios, menarca precoce e menopausa tardia.

O diagnóstico de câncer por si só causa danos psicológicos à mulher e familiares, afastamento de funções importantes do seu cotidiano, baixa autoestima relacionada a mastectomia e queda dos cabelos em consequência do tratamento, apresentando-se sofrido e doloroso. A importância do diagnóstico precoce deve ser salientada a partir da premissa que o tratamento acontece de maneira menos traumática para a paciente adoecida, com cirurgias mais poupadoras do tecido mamário, muitas vezes excluindo tratamentos adicionais como radioterapia e quimioterapia.

A temática do diagnóstico precoce deve ser abordada e divulgada mais amplamente, deve ocorrer um acolhimento maior dessas mulheres, mesmo neste momento de incertezas que estamos vivendo, evidenciando não somente o mês de prevenção do câncer de mama (Outubro Rosa), mas o autocuidado em todos os meses do ano, ainda que com medidas de prevenção já estabelecidas pela pandemia, pois aumenta as chances de cura no câncer de mama e outras patologias, oferecendo mais qualidade de vida a paciente adoecida durante o tratamento e sua reabilitação.