Medidas têm impactado o comércio, que vem adotando medidas para prevenção da Covid-19
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, gravou um vídeo para o governador do RS, Eduardo Leite, manifestando posição contrária às restrições para o comércio previstas na bandeira vermelha no Plano de Distanciamento Social. Nessa semana, um ofício também foi enviado ao governo solicitando ajustes às restrições previstas na bandeira vermelha e uma investigação sobre como estão ocorrendo as novas contaminações pela Covid-19. No entendimento da Federação, a proibição a grande parte do comércio a partir da bandeira vermelha não leva em consideração todas as medidas que o setor vem tomando para prevenir a disseminação do novo coronavírus.
No documento, a Fecomércio-RS alerta que os comerciantes estão sendo duramente penalizados mesmo sem a comprovação de que contaminações estejam ligadas ao setor, o que acarreta o aprofundamento da crise econômica que já fechou 90 mil postos de trabalho e resultou na suspensão ou redução de 500 mil contratos de trabalho nos meses de março e abril no estado. A entidade reitera que sempre apoiou a calibragem das restrições ao risco de esgotamento da capacidade hospitalar de cada região, mas observa que se faz necessário reavaliar o impacto das atividades comerciais na pandemia considerando todas as medidas de higienização, uso de EPIs, regras de distanciamento e diminuição da capacidade de atendimento implementadas:
“Concomitantemente à reabertura de estabelecimentos nas últimas semanas, observamos a ocorrência de diversas aglomerações e reuniões sociais que nada têm a ver com o funcionamento de empresas. É bastante razoável supor que esses eventos, que poderiam ser controlados e reprimidos a um custo econômico muito menor do que com o fechamento de empresas, sejam responsáveis pelo aumento de contaminações”, observa o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
A Fecomércio-RS avalia que, na bandeira vermelha, uma restrição a 25% da capacidade de atendimento, sem diferenciação específica para o número de funcionários, seria uma medida mais razoável para o controle da pandemia, aliada a um maior rigor na fiscalização das aglomerações em outros ambientes. A entidade solicita ainda que seja feito um estudo sobre como estão ocorrendo as contaminações, para que as ações de combate à pandemia sejam mais eficazes e não prejudiquem injustamente um setor que está tomando todos os cuidados indicados para a prevenção da doença.
Veja o vídeo em https://youtu.be/YSvdPcq7Sps