qui, 12 de dezembro de 2024

Variedades Digital | 07 e 08.12.24

Solenidade marca a troca de pavilhões e aniversário do Parque Internacional

O evento contou com a presença de autoridades dos dois lados da fronteira

Na manhã desta última sexta-feira, dia 28, o Parque Internacional foi palco de mais um grande evento. Mais uma vez, o imponente marco da integração entre dois países recebeu autoridades santanenses e riverenses para a realização da troca das bandeiras do Brasil e do Uruguai. Na oportunidade, também foi comemorado o aniversário do Parque que, no dia 26, comemorou 77 anos de história.
A cerimônia foi aberta com uma apresentação das fanfarras do exército uruguaio e do 7° Regimento de Cavalaria Mecanizada (7°RCMec), onde os hinos do Uruguai e do Brasil foram entoados por todos os presentes. Na sequência, houve uma breve explanação sobre a história do parque e do período em que foi construído.

Posteriormente, os militares dos dois países, alinhados frente às suas respectivas bandeiras, deram início ao rito de troca das bandeiras. Após a substituição, bastante aplaudida por todos os presentes. Com as novas bandeiras já tremulando ao sabor do vento, a programação ainda contou com uma apresentação de músicas tradicionalistas.
Em 2020, a solenidade ganhou mais um detalhe que ficará eternamente gravado nas páginas da história fronteiriça. Esta foi a primeira vez em que a troca de pavilhões contou com a presença de duas mulheres representando os poderes executivos de cada cidade. Do lado santanense, estava a prefeita Mari Machado (PSB). Já do lado riverense, a intendenta Alma Galup (Partido Colorado). Ambas discursaram reforçando o clima de união existente entre as duas cidades.

HISTÓRIA DO PARQUE INTERNACIONAL

Com a necessidade de dividir os territórios, a demarcação da fronteira passou a ser uma questão bastante presente na região onde estão localizadas Sant’Ana do Livramento e Rivera. Desta forma, o sistema adotado pelos responsáveis pela marcação da linha divisória foi o “divisor de águas”.
De uma forma prática, a linha divisória seria definida pelo curso da água que caia das chuvas, ou seja, o caminho que a água traçava, tornava-se o limite de cada município. Porém, em um determinado momento, a linha encontrou alguns terrenos e pátios de residências privadas, o que impossibilitava a utilização deste sistema.
Portanto, uma área de, aproximadamente, 4 km ficou sem marcação, tendo ficado como pendente a sua definição. Dentro desta área, estava um grande espaço tomado por um areal onde, ao longo do tempo, foi se transformando em um espaço reservado para a prática de esportes.

Ao longo dos anos, esta área resultou em uma questão jurídica, visto que ninguém sabia a qual dos dois países pertencia. A solução para este imbróglio foi apresentada em 1923, quando, pela primeira vez, surgiu a ideia da construção de um “Parque Internacional”. A ideia só tornou-se realidade 20 anos depois, no dia 26 de fevereiro de 1943, quando ocorreu a inauguração do Parque.
A solenidade contou com a presença do Ministro do Trabalho e Embaixador Extraordinário do Brasil, Marcondes Filho e o Ministro Hector Geroma, representando o presidente uruguaio. Desta forma, finalmente a área pôde ser demarcada e o último marco da linha divisória foi instalado. Atualmente, o obelisco é um dos principais pontos turísticos e símbolo máximo da união de dois países soberanos.

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